Uma aeronave iraniana chegou à capital do Iêmen neste domingo, 1º de março, levando ajuda humanitária para os rebeldes xiitas que controlam a cidade de Sanaa. O primeiro voo direto do Irã, principal potência xiita da região, para a capital iemenita levava 12 toneladas de provisões médicas, tendas e trabalhadores da Cruz Vermelha, informou o vice-embaixador Rasai Ebadi.
No sábado, 28 de fevereiro, representantes dos insurgentes de etnia Houthi assinaram um acordo com Teerã para permitir a realização de 14 voos diretos semanais entre os dois países. A medida mostra como os rebeldes fortaleceram seu domínio sobre as instituições estatais e passaram a exercer um poder soberano em Sanaa.
"Os Houthis querem mostrar que não estão isolados do mundo, que não estão desesperados, então eles reataram as relações com o Irã", explicou o analista iemenita Hisham al-Omeisy. "Os voos são um pouco peculiares e as pessoas estão surpresas. Os iemenitas não têm o hábito de viajar ao Irã, seja por turismo ou para receberem tratamento médico, então 14 voos por semana parece ser um pouco exagerado."
Embaixadas ocidentais fecharam e foram retiradas de Sanaa no mês passado, após os rebeldes invadirem o palácio do governo e manterem o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi e seus ministros em um regime de prisão domiciliar. O chefe de Estado, que insiste ainda ser o líder do Iêmen, conseguiu fugir e está agora na cidade de Aden, no sul do país.
O presidente se encontrou com autoridades locais neste domingo, além de se reunir com líderes tribais influentes e anciãos de diversas províncias que garantiram seu apoio ao governante, informaram estações de TV regionais. Durante as reuniões, Hadi voltou a acusar os insurgentes de organizarem um golpe de Estado contra a liderança oficial iemenita.
Estadão Conteúdo
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