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Eleição de Bolsonaro trará enfrentamentos sociais, diz cientista político

© REUTERS / Ricardo Moraes/PoolJair Bolsonaro coloca seu voto no segundo turno das presidenciais no Brasil, em 28 de outubro de 2018
Jair Bolsonaro coloca seu voto no segundo turno das presidenciais no Brasil, em 28 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil
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Jair Messias Bolsonaro, do PSL, foi eleito presidente da República neste domingo (28) ao derrotar em segundo turno o petista Fernando Haddad.

A vitória foi confirmada às 19h18, quando, com 94,44% das seções apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%).

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Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político Carlos Eduardo Martins, professor da UFRJ, disse que caso Bolsonaro coloque em prática o programa de governo prometido durante a campanha, a eleição do candidato do PSL vai trazer "enfrentamentos sociais expressivos" no Brasil.

"Se a versão ultra-neoliberal linha dura for realmente adotada por ele (…) o que se imagina é que vão ter confrontações sociais expressivas, há de se ver se o voto popular que ele teve sustenta maioria no Congresso para colocar em prática esse tipo de agenda", afirmou.

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Vitorioso na primeira vez em que se candidatou a presidente, Bolsonaro vai suceder Michel Temer (MDB), vice de Dilma Rousseff (PT) que assumiu o governo em 2016 após o impeachment da petista.

Carlos Eduardo Martins destacou o fato de Bolsonaro não ir aos debates do segundo turno mesmo sendo autorizado por equipes médicas. Segundo o cientista político, Bolsonaro adotou "uma estratégia de esvaziamento deliberado das eleições".

"Foi a primeira vez que em uma eleição de segundo turno no Brasil que um candidato não comparece e não se submete a uma avaliação popular mais detalhada e nos coloca diante da situação em que ninguém sabe direito qual o programa de Bolsonaro", disse.

A campanha eleitoral teve início em agosto com 13 candidatos à Presidência da República, o maior número de concorrentes desde 1989, quando houve 22 candidatos.

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