Veterano tcheco cumprimenta militares de EUA baixando as calças

© AFP 2023 / MICHAL CIZEKExército tcheco
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O tenente Martín Zapletal expressou assim o seu protesto mas pode ser preso até três anos.

Um membro do movimento Militares da Tchecoslováquia na Reserva contra a Guerra, o tenente coronel Ivan Kratochvíl, comenta a situação:

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“É um caso difícil. O nosso amigo Martín Zapletal no passado serviu em uma missão policial internacional na ex-Iugoslávia, onde manteve relações com colegas americanos, britânicos e outros policiais. Ele foi à Jugoslávia, com grande entusiasmo, porque lhe explicaram que a missão era criada para manter a ordem, para proteger a população local. Mas, gradualmente, ele percebeu que ele era um membro das forças de ocupação. Ocorreu então uma evolução de suas ideias sobre a verdadeira finalidade da presença militar dos EUA na Europa. E agora, vamos passar a história da sua detenção. Na véspera da chegada da nova força dos EUA, foi lançada uma propaganda massiva na mídia tcheca. Incutiram-nos que é necessário que os norte-americanos estejam presentes na terra tcheca. Nem todos concordaram. Mas porque não há nenhuma maneira civilizada de transmitir o seu desacordo, o tenente Martín Zapletal escolheu uma opção de protesto, do nosso ponto de vista não muito admissível. Vestindo seu uniforme militar de gala, ele parou a escolta que tinha saído da caserna em Vyskov. Ele simplesmente parou na frente do primeiro carro, se virou de costas e…baixou as calças. Foi assim que ele parou o tráfego na rua. Ele foi imediatamente detido e levado para a delegacia de polícia. Se o sistema judicial fosse normal ele simplesmente pagaria uma multa. Mas parece que eles querem torná-lo num preso político, porque ele é acusado de organização de desordens. Neste caso, ele pode ser condenado a uma pena mínima de 3 anos. Ele foi deixado até o julgamento. Já tínhamos encontrado um advogado para ele e tentamos mobilizar a opinião publica para defendê-lo através da mídia disponível. É incrível que uma pessoa seja condenada após a realização de paradas de homossexuais e ações de Pussy Riot, isto se chama ‘política de duplos padrões’. Devemos fazer com que não haja julgamento, que a acusação seja retirada.  O advogado acredita que tudo ficará claro já na próxima semana”, disse Kratochvíl.

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