No sábado (3), o ministro russo declarou que, ao decretar sanções contra o Irã, os Estados Unidos ameaçam mais uma vez o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
"A nova onda de sanções contra o Irã, anunciada por Washington, tem com objetivo minar os esforços contínuos dos participantes do Plano de Ação Conjunto Global sobre o programa nuclear iraniano destinados a preservar esse acordo", sublinhou.
Ao mesmo tempo, Lavrov sublinhou que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reconhece que o Irã tem cumprido suas obrigações quanto a esse acordo, o que, por sua vez, prova o caráter pacífico do programa nuclear do país.
"Faremos tudo o necessário nos interesses de preservar e alargar a cooperação económico-comercial e financeira com o Irã apesar das sanções dos Estados Unidos. Condenamos fortemente as novas ações destrutivas dos EUA", diz o comunicado publicado no site oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Se Washington está, como anuncia, de verdade interessada em negociar com Teerã, [nesse caso] a política de pressão por meio de sanções, destinada a diminuir o potencial econômico e militar do Irã, e também a destabilizar a situação política interna, deve ser reconsiderada imediatamente", declarou.
Ademais, o ministro indicou que, "segundo mostra a experiência de muitos anos, não é possível obrigar o Irã a fazer concessões usando meios de pressão".
Em 14 de julho de 2015, o Irã e seis mediadores internacionais (Rússia, EUA, Grã-Bretanha, China, França e Alemanha), chegaram a um acordo histórico sobre a resolução do prolongado problema nuclear do Irã. Em contrapartida, foi adotado um plano de ações para revogar as sanções econômicas e financeiras aplicadas anteriormente ao Irã por parte do Conselho de Segurança da ONU, EUA e União Europeia.Os EUA pretendem introduzir alterações neste acordo. Segundo um representante do Departamento de Estado, os EUA se retirarão do acordo se os parceiros europeus não "corrigirem as insuficiências" do documento. Ele também observou que "se, em qualquer momento, o presidente considerar que não se consegue chegar a acordo, os EUA o abandonarão imediatamente".
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