Hora de Pequim se preocupar: Vietnã se aproxima cada vez mais dos EUA

© AFP 2023 / Hoang Dinh NamBandeiras do Vietnã e dos EUA (foto de arquivo)
Bandeiras do Vietnã e dos EUA (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Enquanto na capital filipina decorriam batalhas diplomáticas no âmbito do fórum da ASEAN, o ministro da Defesa vietnamita, Ngo Xuan Lich, se encontrou em Washington com seu homólogo norte-americano James Mattis. O especialista Anton Tsvetov comentou à Sputnik China até que ponto poderá ir a cooperação entre os dois países na área de defesa.

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A luta intensa que os diplomatas vietnamitas travaram em torno da resolução sobre o mar do Sul da China, durante o encontro de ministros da ASEAN, provocou uma onda de críticas na mídia chinesa. No entanto, por não ter aliados nessa matéria, o Vietnã se está aproximando cada vez mais dos EUA, acredita o especialista do Centro de Estudos Estratégicos Anton Tsvetov.

A notícia provavelmente mais importante na visita do ministro vietnamita é que o secretário da Defesa dos EUA, James Mattis, teria prometido enviar um porta-aviões norte-americano a um porto vietnamita. Logo após a visita, o destróier norte-americano USS John S. McCain passou pelas águas do mar do Sul da China, disputadas também pela China.

"Secretário da Defesa, James Mattis, saúda o ministro da Defesa do Vietnã, general Ngo Xuan Lich, na sua chegada ao Pentágono"

Além disso, nos mesmos dias, a mídia vietnamita divulgou rumores estranhos sobre um acordo para fornecimento de 24 aeronaves militares multifunção V-22 Osprey. Mas, esta é pouco provável e provavelmente visa testar a reação do público, opinou o especialista à Sputnik China.

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De qualquer modo, Hanói não pode desistir de suas posições na disputa territorial com a China, acredita o especialista.

"O Partido Comunista do Vietnã se encontra em uma armadilha — uma reação dura e protestos diplomáticos prejudicam as relações com a China, enquanto uma posição branda e quaisquer cedências prejudicam as relações com a própria população. Enquanto a tensão com a China permanece, o Vietnã é um cliente ideal para os EUA", ressaltou Anton Tsvetov.

Porém, afirma o especialista, as autoridades vietnamitas entendem que na aproximação com os EUA deve haver limites. Ele cita o exemplo das Filipinas e da governação de Benigno Aquino III, que mostra que, se aproximando demais de Washington, o país pode perder as oportunidades econômicas que oferecem as relações com a China.

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