Europa teme guerra de aço contra EUA por causa da China

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A União Europeia, que juntamente com os EUA tenta conter a China no mercado de aço, receia se envolver em uma guerra comercial com Washington por causa das ações completamente imprevisíveis de Donald Trump. Mas potências ocidentais mais uma vez indicam a China como razão do potencial conflito de mercados.

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Durante a cúpula do G20, que decorreu em Hamburgo, conseguiram parar a iminente guerra de aço. No entanto, os resultados do fórum não são suficientes para resolver a situação, de acordo a plataforma multimídia da União Europeia, EURACTIV. O serviço também acredita que a administração de Trump possa introduzir impostos aduaneiros adicionais sem obter as esperadas recomendações do G20 quanto ao problema de superprodução de aço.

Apesar de a China ser o principal alvo dos EUA, a União Europeia tem medo de se tornar um concorrente de Washington em vez de aliado.

O analista do mercado de ações, Dmitry Tratas, afirmou à Sputnik China que o mercado de aço está experimentando uma superprodução que não poderá ser resolvida em breve. O especialista não descarta a possibilidade de um conflito nesta esfera.

"Não acho nada surpreendente que tal guerra possa de fato começar. Há informações de que a administração de Trump esteja elaborando um projeto de lei, que impunha restrições às exportações de aço para os EUA. Em primeiro lugar, esta medida afetará sem dúvida a China. Mas poderá afetar também a Rússia e a União Europeia", disse, acrescentando que é difícil prever em que pode acabar tais restrições, caso sejam aprovadas.

Dmitry Tratas acredita que as tentativas norte-americanas de fazer da China a principal razão da superprodução global de aço sejam obviamente preventivas.

"Sim, a China na verdade está aumentando a produção de aço, mas isso se deve a suas necessidades, causada pelo crescimento econômico […] Ainda por cima, os próprios EUA sempre foram a favor da concorrência global livre", explicou.

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Wang Zhimin, colaborador da Universidade de Economia Externa e Comércio da China, também acha injustas as acusações contra seu país de ele incentivar uma guerra de aço.

"A China está promovendo ativamente a reforma de restruturação industrial. Um dos cinco aspectos desta reforma visa reduzir as capacidades de produção. A diminuição da produção de aço é um componente essencial desta medida", indicou o especialista chinês, sublinhando que Pequim já conseguiu alguns êxitos.

Outro argumento a favor de Pequim é que os países ocidentais são relutantes em cooperar com o país asiático para reduzir excesso de produção industrial.

"Os países ocidentais estão bloqueando a China na esfera de tecnologias de ponta, o que lhe impede aperfeiçoar sua estrutura de produção, sem falar da saída dos EUA do Acordo de Paris, o que dificulta a cooperação na luta contra contaminação do meio ambiente", concluiu.

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