Palavras dos EUA sobre o 'lançamento de ataque contra a China' são provocantes e perigosas

© REUTERS / YonhapO porta-aviões nuclear norte-americano USS Carl Vinson da classe Nimitz (foto de arquivo)
O porta-aviões nuclear norte-americano USS Carl Vinson da classe Nimitz (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O almirante americano afirmou estar disposto a realizar um ataque nuclear contra a China, caso o presidente estadunidense dê essa ordem.

O especialista em ciências militares, Vladimir Kozin, frisou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik que tais afirmações são baseadas na estratégia nuclear dos EUA.

A Frota do Pacífico é uma das duas unidades estratégicas da Marinha dos EUA. Ela abrange as 3ª, 5ª e 7ª frotas operacionais da Marinha dos EUA que têm à sua disposição três porta-aviões nucleares, 12 cruzadores de mísseis, 24 submarinos nucleares e várias dezenas de destróiers com mísseis teleguiados.

De acordo com o perito militar e professor da Academia de Ciências Militares da Rússia, Vladimir Kozin, afirmações desse tipo são baseadas na estratégia nuclear dos EUA.

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"Os norte-americanos têm realmente uma lista de países contra quais eles planejam lançar um primeiro ataque nuclear, caso seja necessário. A Rússia está no primeiro lugar dessa lista, e a China está no segundo. Ainda em 1964, a China afirmou não usar armas nucleares como primeiro ataque nuclear. E o país propôs muitas vezes aos estadunidenses para responderem com reciprocidade. Mas Washington não ficou satisfeito com aquela proposta. Além do mais, a estratégia nuclear moderna dos norte-americanos prevê precisamente o lançamento de um primeiro ataque. Como se sabe, a China tem um arsenal nuclear menor que os EUA. Podemos considerar a afirmação como uma pressão sobre a China para esta influenciar a Coreia do Norte quanto ao seu programa nuclear ou como uma jactância do almirante Scott Swift, um desejo de demonstrar 'músculos nucleares'", disse Vladimir Kozin.

Segundo ele, tal afirmação irá reforçar mais uma vez a vontade de Moscou e Pequim de desenvolverem a parceria mútua na área de defesa.

"Esta afirmação é provocatória, é muito perigosa. Mas ela confirma a firmeza da decisão da Rússia e da China para serem parceiros estratégicos e observarem atentamente a situação na área do Pacífico. Acho que, com essas fortes afirmações militaristas, Moscou e Pequim têm de intensificar a cooperação na área de defesa, bem como fortalecer seu arsenal nuclear e proteção antimísseis", sublinhou Kozin.

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