'Impossível' construir relações entre Rússia e EUA 'a partir do zero'

© REUTERS / Sergei KarpukhinO ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov e o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, chegam para uma coletiva de imprensa após as suas conversações em Moscou.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov e o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, chegam para uma coletiva de imprensa após as suas conversações em Moscou. - Sputnik Brasil
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O senador russo, Aleksei Pushkov, acredita que as relações russo-americanas não podem ser reconstruídas em páginas em branco.

"A história das relações entre Rússia e EUA é complicada. É impossível construí-las em páginas em branco", escreveu Pushkov em seu Twitter.

"Mas não se deve construí-las a partir de páginas sujas, que foram deixadas pela administração de Obama", acrescentou o senador.

Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA Rex Tillerson disse em entrevista ao canal de TV NBC que a situação atual das relações russo-americanas não correspondia nem aos interesses dos EUA nem aos de todo o mundo. Ele sublinhou ser contra o termo "reinicialização", quando aplicado às relações entre Estados Unidos e Rússia, pois hoje em dia muitos abusam dos termos deste tipo. Tillerson frisou que "não se pode apagar o passado e começar tudo em páginas em branco" e que, agora, Washington e Moscou começam tudo "a partir da página em que estão".

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Além disso, Tillerson afirmou ter certeza que a Rússia interviu nas eleições estadunidenses de 2016, mas frisou a importância de considerar as relações em um contexto mais amplo.

A administração do ex-presidente dos EUA, Barack Obama, introduziu, no fim de dezembro de 2016, sanções contra nove instituições russas, empresas e pessoas físicas, incluindo o GRU (Departamento Central de Inteligência da Rússia) e o FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia), por causa da alegada "interferência nas eleições" e alegada "pressão sobre diplomatas dos EUA", que trabalham na Rússia.

Além disso, 35 diplomatas russos foram declarados persona non grata.

A Rússia muitas vezes negou as acusações da inteligência norte-americana da alegada intervenção nas eleições dos EUA, enquanto o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov as considerou "absolutamente infundadas".

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