Poderá Alasca voltar a ser russo?

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A reintegração do Alasca na Rússia, do ponto de vista do direito internacional, é improvável, explicaram especialistas russos e norte-americanos à Sputnik. No entanto, parece que os povos do Alasca estavam melhor quando faziam parte do território russo.

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Há 150 anos, no dia 30 de março de 1867, o Império Russo vendeu o território do Alasca para os EUA por 7,2 milhões de dólares em ouro.

Apesar de muitos assegurarem que os EUA não realizaram o pagamento integral, tais métodos de adquirir territórios pertencem ao passado, explicou a Sputnik Anatoly Kapustin, presidente do Comité Executivo da Associação russa de Direito Internacional.

"Hoje em dia ninguém negocia territórios", enfatizou ele.

O estado do Alasca é parte do território dos EUA, está sob a soberania daquele país, e só poderá passar para as mãos da Rússia caso os dois países queiram chegar a um acordo para a transferência do Alasca ou troca por outras terras.

"Mas do ponto de vista do direito internacional, esta é uma opção pouco provável", sublinha.

O ex-senador de Pensilvânia, Bruce S. Marks, sócio da empresa de advocacia Marks & Sokolov, está de acordo com Kapustin ao considerar a restituição do Alasca à Rússia como pouco provável.

O especialista explicou que os EUA e a Rússia assinaram um acordo internacional vinculativo tanto para Washington, quanto para Moscou.

"Esta situação é diferente da discussão em torno da Crimeia, pois entre a Rússia e a Ucrânia não existia um acordo sobre o assunto; por isso, a restituição do Alasca à Rússia é mais ou menos tão improvável como a restituição da Crimeia à Ucrânia", disse Marks à Sputnik.

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No entanto, a cultura dos povos nativos do Alasca sofreu um rude golpe depois que a Rússia vendeu a região, disse o representante do povo aborígene, Ethan Petticrew, ao jornal Deutschlandfunk.

"Os russos nos ajudavam com os nossos idiomas: tínhamos tipografia, livros, escolas. Nosso povo pode ler e escrever em russo e em nossas línguas ", explicou Ethan Petticrew.

No entanto, com a chegada dos EUA, o idioma inglês tornou-se obrigatório.

"Os EUA queriam extirpar de nossos corpos tudo o que tínhamos de aborígene e de russo", concluiu.

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