O mais importante é saber quem está por trás das negociações sobre Síria em Astana

© Sputnik / Mikhail Voskresensky  / Acessar o banco de imagensCidade antiga de Palmira (Síria)
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As negociações sobre a Síria em Astana são um elemento importante na resolução da crise síria apesar das ações dos EUA, mas, segundo o político sírio Al-Ahmad, não é tão importante saber quem se senta à mesa de negociações na capital do Cazaquistão, mas quem está por detrás delas.

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O presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, declarou recentemente ter chegado a acordo com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, sobre a proposta das partes em conflito na Síria de continuar as negociações de paz em uma nova plataforma em Astana. Segundo as palavras dele, a nova plataforma poderá completar as negociações em Genebra. O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, no decurso de conversas telefónicas com Putin e Erdogan, apoiou essa iniciativa e expressou a disponibilidade para realizar essas negociações na capital do Cazaquistão.

Espera-se que as negociações sejam realizadas em Astana em 23 de janeiro e em Genebra em 8 de fevereiro, afirmou o político à RIA Novosti.

Segundo antes declarou o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, as negociações sobre a Síria em Astana e em Genebra não estão competindo entre si, poderão ser mutualmente complementares. Além disso, o chefe da Chancelaria russa, Sergei Lavrov, afirmou que o objetivo principal do encontro em Astana é fortalecer o regime de trégua na República Árabe Síria e acordar a participação de comandantes na regulação da crise síria.

No início dessa semana foi informado que alguns grupos radicais armados, incluindo a parte do Exército Livre da Síria (ELS) e Jaish al-Islam, concordaram em participar das negociações que irão ocorrer em Astana. De acordo com alguns dados, os grupos armados irão ser representados por um bloco único, liderado por Muhammad Alush.

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"É necessário sermos realistas. É impossível atingir paz por via de negociações políticas se houver terrorismo. Por isso, essa plataforma deve existir [negociações em Astana] e irá influir no resultado — um acordo entre todas as forças políticas na Síria sobre o futuro da República Árabe da Síria. Por detrás dos que irão negociar em Astana estão forças regionais, ou seja, o Qatar  e outros que estão apoiando e financiando os grupos terroristas. O mais importante não é quem se senta [à mesa de negociações], mas quem está por trás. Pois, sem negociações com a Turquia, não irão se sentar à mesa de negociações", opina Al-Ahmad.

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