'Cancelamento das sanções em troca da diminuição de arsenal nuclear russo é inadmissível'

© Foto / SevmashSubmarino nuclear da classe Borei Aleksandr Nevsky
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Hoje em dia, armas nucleares garantem o mantimento da segurança da Rússia, sendo assim, reduzir seus arsenais em troca do cancelamento das sanções econômicas norte-americanas é inadmissível, disse à RIA Novosti o presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, Konstantin Sivkov, nesta segunda-feira (16).

Eis o comentário do analista quanto às declarações de Trump sobre a possibilidade de chegar ao seguinte acordo com a Rússia: cancelamento das sanções norte-americanas caso a Rússia diminua seu poderio nuclear. Essas declarações de Trump foram publicadas pela mídia ocidental.

Notas - Sputnik Brasil
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"Para a Federação da Rússia, que ao contrário da União Soviética não é capaz de garantir autoproteção através de forças polivalentes, o arsenal nuclear é a única garantia de segurança. Os possíveis benefícios econômicos com o cancelamento das sanções não podem ser comparados com a capacidade de defesa do país", explicou Sivkov à RIA Novosti.

Segundo o especialista, a opção de futuro desarmamento da Rússia, cujo arsenal nuclear está "a nível criticamente baixo", entra na lista de atitudes perigosas, pois as outras potências nucleares não consideram reduzir os seus arsenais.

Sivkov destaca que a adesão de países terceiros ao acordo, que possivelmente será proposto por Washington, por enquanto, não seja possível, especialmente no que se trata da China que, ao contrário, vem aumentando seu arsenal nuclear.

"O fato de Trump fazer tais declarações indica que ele está dando continuidade à política de Obama que visa desarmar a Rússia, e isso é muito triste, especialmente por ele relacionar esse tema ao cancelamento das sanções antirrussas", resumiu o analista.

As relações entre a Rússia e os países do Ocidente se deterioraram devido à situação na Crimeia e na Ucrânia. No final de julho de 2014, União Europeia e EUA passaram de sanções "específicas" contra certas pessoas físicas e empresas para medidas restritivas contra setores inteiros da economia russa.

Em resposta, a Rússia restringiu importações de produtos alimentícios de países que introduziram as sanções contra ela: EUA, Canadá, Austrália e Noruega. Na sexta-feira passada (13), o presidente norte-americano, Barack Obama, prorrogou as sanções por mais um ano.

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