Restrições contra mídia russa: Europa enfrenta pânico após eleição de Trump

© flickr.com / European Union 2016 - European ParliamentParlamento Europeu, em Estrasburgo
Parlamento Europeu, em Estrasburgo - Sputnik Brasil
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O cineasta sérvio Emir Kusturica afirmou, em uma entrevista à agência Sputnik, que após a eleição de Trump nas presidenciais norte-americanas, a Europa cedeu ao pânico, que se manifestou na resolução do Parlamento Europeu contra a mídia russa.

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'Resolução do Parlamento Europeu visa pôr fim à atividade de mídias conceituadas na UE'
Segundo disse Kusturica, o pânico abalou a União Europeia por ter surgido um novo establishment norte-americano, que ainda não chegou a um acordo com a antiga elite controlada pelo clã de Clinton e pelo financista George Soros.

"Se não houvesse todo este pânico que surge após a mudança do patrão, que, pelos vistos, se comportará de modo diferente, eu talvez pudesse aceitar a ideia deles de estarem contra alguém quem fale a verdade e que, segundo sua lógica, vire um centro de propaganda. Porém, a verdade nunca foi propaganda, com raras exceções", frisou o diretor à Sputnik Sérvia.

"A ideia de acusar o RT e a Sputnik de fazerem propaganda é como se o Pinóquio acusasse seu criador de falar mentiras. Não há explicação para a ideia de comparar dois meios de comunicação jovens e de alta qualidade com o Daesh, pois quem é que o criou — o Ocidente, o Oriente ou é uma organização autossuficiente?", adiantou.

Nesta quarta-feira (23), o Parlamento Europeu aprovou a resolução sobre a resistência à mídia russa, ao chamar a Sputnik e o RT de maiores ameaças mediáticas que a UE está enfrentando e ao colocar a necessidade de combater a "propaganda do Kremlin" ao lado da luta contra o Daesh. Foi frisado que a Rússia alegadamente estaria financiando as oposições europeias e tentando dividir os europeus.

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'O que farão comigo por colaborar com a Sputnik?'
A resolução, que tem caráter de recomendação, foi apoiada por 304 deputados, enquanto 179 se manifestaram contra e outros 208 se abstiveram, ou seja, menos de metade dos votantes expressaram seu claro apoio à medida. Uma série de deputados chamaram o documento de parcial, propagandista, zombaria irresponsável e recordação ofensiva da Guerra Fria.

O presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou os jornalistas da Sputnik e do RT por seu trabalho eficaz e destacou "uma evidente degradação da noção de democracia na sociedade ocidental".

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