Secretário-geral da OTAN explica o comportamento da Rússia na fronteira com aliança

© AFP 2023 / WAKIL KOHSARSecretário-Geral da OTAN Jens Stoltenberg durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente afegão Asharaf Ghani, Cabul, Afeganistão, 15 de março de 2016
Secretário-Geral da OTAN Jens Stoltenberg durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente afegão Asharaf Ghani, Cabul, Afeganistão, 15 de março de 2016 - Sputnik Brasil
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Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, falou com o jornal italiano La Stampa, durante conferência realizada no colégio da OTAN, em Roma.

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Falando sobre a relação entre a aliança e a Rússia, ele disse que a OTAN e Moscou "não estão em estado de 'guerra fria', no entanto, já não há tanta parceria, que vinha sendo trabalhada há anos".

Quando perguntado sobre os sistemas russos Iskander em Kaliningrado, Jens Stoltenberg disse:

"Isso faz parte do comportamento deles. Eles vêm investindo fortemente na defesa. Eles triplicaram as despesas em termos reais desde 2000, enquanto os aliados europeus da OTAN vêm diminuindo as despesas. Modernizaram o exército. Mostram-se dispostos a usar a força. Esta é a razão por que a OTAN reagiu. A aliança está adaptada a um novo contexto, mais insidioso."

Portanto a OTAN triplicou seu tamanho e capacidade de resposta rápida na Europa central e do Leste para ser capaz de responder aos desafios, acrescentou Stoltenberg.

No entanto, segundo ele, a Rússia é o "maior vizinho" da OTAN, portanto, ela não "pode ser isolada de jeito algum".

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"Nem vale a pena tentar fazê-lo. Mas reforçamos que a nossa missão é proteger todos os parceiros, que uma forte aliança serve não para provocar uma guerra, mas preveni-la", concluiu o secretário-geral da OTAN.

Secretário-geral também tocou no assunto da Síria, sublinhando que a aliança não busca uma escalação da tensão.

"[Na Síria] é preciso evitar o aumento da tensão. Seguiremos firmes, afirmando que não queremos nenhum conflito", disse Jens Stoltenberg em entrevista ao La Stampa.

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