Imprensa: EUA avalia a possibilidade de bombardear tropas do governo da Síria

© flickr.com / U.S. Department of DefenseCaças das Forças Armadas dos EUA durante operação nos céus da Síria
Caças das Forças Armadas dos EUA durante operação nos céus da Síria - Sputnik Brasil
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Funcionários do Departamento de Estado dos EUA, em carta aos diretores do órgão, propuseram realizar ataques contra as tropas governamentais da Síria, segundo o “cenário iugoslavo”, informou o New York Times, que teve acesso ao documento.

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Na semana passada se tornou público o fato de que cerca de cinquenta funcionários do Departamento de Estado dos EUA assinaram uma carta, destinada ao uso interno, pedindo iniciar bombardeios contra as forças de Damasco. A carta diz que esse é o único modo de combater o Daesh (também conhecido como Estado Islâmico e proibido na Rússia), bem como de alcançar a paz na Síria. O porta-voz do órgão, John Kirby, confirmou o fato, mas não revelou detalhes e disse que a carta ainda está sendo estudada.  

“Consideramos sensato um papel militar mais ativo dos EUA na Síria, com base em uso racional de armamentos a distância e de armamentos por ar, o que poderia colaborar para promoção de um processo diplomático mais direcionado e mais agressivo sob a coordenação dos EUA”, cita o jornal um dos trechos da carta. 

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A carta interna dos funcionários do Departamento de Estado lista dez pontos. Para cada um deles se apresenta uma argumentação que fundamenta a necessidade de atacar o governo da Síria para interrupção do conflito no país, solução de problemas humanitários, retorno dos refugiados, e combate ao Daesh. Segundo a lógica do documento, o ataque norte-americano contra as tropas sírias interromperia seus combates com as forças da oposição que, por sua vez, se concentrariam no combate ao Daesh. 

O jornal norte-americano foi bastante crítico à proposta e todos os especialistas consultados pela publicação apontaram para o grande risco de que os grupos de oposição entrem em conflito para alcançar o poder, em vez de combater o terrorismo, repetindo o cenário deixado pelos EUA no Afeganistão.

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