De acordo com dados, houve 45 civis feridos e 22 detidos ou desaparecidos, em dezenas de pontos das estradas do sul, disse Juan García, líder da seção 22 do Sindicato Nacional de Professores, controlada pela dissidente Coordenadora Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE).
Os grupos policiais antimotim, que também sofreram meia centena de feridos, "mostraram não ter a capacidade política, e viraram-se para a repressão", disse o líder de professores na cidade de Oaxaca.
De acordo com a liderança dos professores, os mortos e os feridos civis, os detidos ou desaparecidos em confrontos com a polícia "são professores, pais de família e manifestantes da comunidade que se uniram aos protestos contra a reforma educativa", reforma que põe fim a velhas conquistas do magistério.
O relatório oficial indica que, em um primeiro momento, as autoridades recuperaram a estrada em Nochixtlán sem incidentes, mas o cenário mudou quando os manifestantes começaram a usar armas de fogo e explosivos.
"As agressões com arma de fogo estão excluídas dos bloqueios, que dispararam tiros contra a população e os policiais federais", disse a Comissão Nacional de Segurança em um comunicado.
Por seu lado, o Comissário de Polícia Federal, Henrique Galindo, disse que os policiais não portavam armas de fogo.
Pequenos grupos de extrema-esquerda clandestina de Oaxaca, com uma velha experiência de ações de corte insurrecional, começaram a ser mencionados como "infiltrados" nas manifestações, agrupados em organizações como a Frente Popular Revolucionária (FPR) e as associações Maíz e Comuna.
"Grupos radicais e organizações sociais escalaram os seus protestos, afetando a paz pública, a ordem social e a dinâmica econômica", disse Gabino Cue, governador de Oaxaca, um dos estados mais pobres e com predomínio de população indígena, onde o magistério dissidente tem suas principais bases sociais de apoio.
De acordo com os dados da TeleSur, a quantidade dos mortos já atingiu 12 pessoas.Os Estados Unidos lamentaram a perda de vidas por causa da violência em protestos em Oaxaca, disse na segunda-feira (20) a embaixadora de Washington, Roberta Jacobson.
Os EUA esperam que os protestos "possam ser resolvidos de maneira pacífica e sem qualquer tipo de perda de vidas", disse a diplomata à imprensa no Palácio Nacional, após apresentar ao presidente Enrique Peña suas cartas credenciais.
Por sua parte, o presidente Peña não fez qualquer declaração pública sobre o tema, assim como o secretário federal de Educação, Aurélio Nuño.
O presidente se limitou a publicar algumas mensagens nas redes sociais: "Lamento a perda de vidas humanas. A minha solidariedade está com seus familiares, assim como com as pessoas que ficaram feridas", escreveu Peña.Os professores estavam protestando contra a reforma laboral no sector da educação. A reforma lançada pelo presidente Mexicano, Enrique Peña Nieto, pressupõe restrições no regulamento no direito ao trabalho na área de educação. A reforma tem enfrentado muitas críticas por parte dos professores, alegando que não consegue avaliar de forma eficaz as competências profissionais e justifica demissões em massa.
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