A todo o custo: Noruega paga caro por neutralidade de carbono

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Durante décadas a Noruega permaneceu o maior produtor de petróleo na Europa Ocidental. Recentemente, Oslo se comprometeu a se tornar neutro em emissões de carbono nas duas décadas antes da data fixada, apesar do fato de este passo ousado poder custar bilhões de dólares para esse abastado país nórdico.

Anteriormente nesta semana, os legisladores endossaram o objetivo demasiado ambicioso da Noruega de se tornar neutro em carbono até 2030, duas décadas antes da data definida num acordo da ONU em dezembro de 2015. A resolução foi aprovada com pouca vantagem numérica apesar da oposição do governo minoritário conservador, escreveu o jornal norueguês Dagens Naringsliv.

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A neutralidade climática não significa que a Noruega vai cessar liberar gases com efeito de estufa. Em vez disso, ela tenciona atingir o objetivo nobre de contribuições líquidas de zero nas emissões de carbono.

A Noruega, grande produtor do petróleo, terá de comprar as chamadas compensações de carbono no exterior. Os deslocamentos incluem investimentos em projetos ambientais que diminuem as emissões de carbono na atmosfera através da reflorestação, o aperfeiçoamento da eficiência energética ou a mudança para energias limpas.

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Ironicamente, os esforços ambientais da Noruega se encontraram com a crítica devastadora do ministro do Clima e Ambiente, Vidar Helgesen, que numa carta ao parlamento estigmatizou a iniciativa como prematura e custosa, dizendo que o preço pode equivaler a $ 2,4 bilhões (R$ 8,32 bilhões) por ano em 2030.

Sendo o maior produtor do petróleo na Europa Ocidental, a Noruega é um indireto contribuinte proeminente de gases combustíveis. Atualmente, as emissões do país são mais altas do que no ano de 1990, quando mundialmente foram avaliados os esforços de reduzir emissões de gases com efeito de estufa. Em 2015, as emissões da Noruega cresceram em 1,5 por cento, depois do lançamento de um novo campo de petróleo.

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