'Visita de Putin à Grécia é um sinal à União Europeia'

© Sputnik / Aleksei Druzhinin / Acessar o banco de imagensVladimir Putin e Prokopis Pavlopoulos
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A recente visita do presidente russo Vladimir Putin à Grécia pode ser visto como uma espécie de sinal à União Europeia de que a Rússia tem aliados dentro deste bloco, escreve um analista francês.

Um destes aliados é Atenas, sendo também um dos aliados mais próximos de Moscou na Europa.

Monte Atos - Sputnik Brasil
Visita de Vladimir Putin ao Monte Atos
De acordo com o especialista em política e defesa Guillaume Lagane, a Grécia atualmente pode "jogar a carta russa" nas relações com Bruxelas.

Lagane notou que a República Helênica sempre ficou perto da Rússia, em termos de religião bem como de geopolítica.

Mesmo assim, quando Atenas se juntou à UE e OTAN, as relações russo-gregas mudaram para pior.

Mas atualmente, segundo o especialista disse ao site francês Atlantico, um novo tipo de aliança está se formando entre os dois países.

"A Grécia não pode recorrer à ajuda financeira da Rússia. Devido à queda dos preços do petróleo e das sanções ocidentais há recessão na economia russa. Moscou não substituirá o FMI para Atenas. Mesmo assim, com a Grécia a Rússia pode ter um Cavalo de Troia dentro da UE. É por isso que Moscou não está interessada no Grexit [saída da Grécia da UE]," explicou.

Bandeira da Grécia - Sputnik Brasil
Rússia e Grécia adotam declaração de fortalecimento dos laços bilaterais
Ao mesmo tempo, segundo Lagane, a Grécia envia a mensagem aos líderes europeus de que tem aliados fora do bloco. Mais do que isso, avaliando a estratégia russa de estabelecer laços e alianças na Europa, o especialista refere o seguinte: há países que cooperam com a Rússia por razão de laços históricos, econômicos ou geopolíticos; e há a Grécia, que compra gás russo e equipamentos militares, além de ter muito em conjunto nas áreas da cultura e religião.

Além da Grécia, há também países como a Hungria, com o premiê Viktor Orban, aliado próximo do Kremlin, e também tais países como a Eslováquia e a Itália.

Tudo acima mencionado cria brechas na "unidade" europeia contra a Rússia, inclusive na questão das sanções, sublinha o especialista.

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