República Popular de Donetsk enumera condições para voltar à Ucrânia

© AFP 2023 / DIMITAR DILKOFF Aleksandr Zakharchenko, líder da República Popular de Donetsk (RPD)
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O chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Aleksandr Zakharchenko, enumerou as condições que deverão ser observadas para que a república se reintegre à Ucrânia. As exigências incluem mudança do poder atual, eleições antecipadas e reforma constitucional.

“Ucrânia deve primeiro obter a forma de Estado. Isto significa que o poder deve ser mudado e o golpe de Estado de 2014 deve ser condenado. Deve ocorrer a desnazificação. Depois disso é preciso reestabelecer o Estado, realizar eleições livres e reconhecer a sucessão legal em relação a Ucrânia, que se tinha desintegrado depois do Maidan [revolta popular que começou em 2013 e terminou em golpe de Estado em 2014]”, disse Zakharchenko durante a linha direta com os locais da região de Kherson, respondendo à questão sobre as condições para que a RPD se volte à Ucrânia.

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Segundo ele, é preciso realizar o reforma constitucional e transformar a Ucrânia unitária em uma confederação.

“Isto significa que as partes independentes da ex-Ucrânia devem formar de novo um país onde serão respeitadas particularidades nacionais, culturais, históricas e econômicas de todas as partes que querem fazer parte da confederação. E só depois disso serão formadas as condições para que a nossa República Popular de Donetsk comece o processo de negociações com a Ucrânia sobre os princípios de coexistência”, acrescentou Zakharchenko.

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Além disso, segundo a opinião do chefe da RPD, os acordos de Minsk acarretaram a derrota diplomática do Kiev, que espera que estes acordos sejam violados pelos milicianos, para depois começar tudo de novo.

Uma das variantes possíveis de desenvolvimento da situação de Donetsk é a integração com a Rússia, mas agora esta versão ainda não é examinada.

Os habitantes das regiões de Lugansk e Donetsk não reconheceram a legitimidade do golpe de Estado que aconteceu em fevereiro de 2014 e em abril eles tinham proclamado a criação das “repúblicas populares”. Kiev não reconhece estes territórios, considerando-os como ocupados, e está realizando a operação militar contra eles desde abril de 2014.

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