Governo alemão se recusa a comentar documentos vazados pelo Greenpeace sobre o TTIP

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O Ministério da Economia da Alemanha se recusou nesta segunda-feira (2) a comentar a autenticidade dos documentos a respeito do Acordo de Parceria Transatlântica sobre Comércio e Investimento (TTIP) recentemente vazados pelo Greenpeace.

No domingo (1º), a ONG anunciou que obteve 248 páginas de documentos sigilosos do TTIP representando cerca de dois terços do polêmico projeto de acordo de livre comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos.

"Eu não posso comentar sobre questões de autenticidade, origem e o conteúdo desses documentos. Não temos essa informação e eu não posso comentar sobre isso", declarou um representante do ministério alemão, em briefing à imprensa.

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Os referidos documentos expõem o papel de liderança de interesses corporativos no acordo proposto, bem como as políticas que representam uma ameaça para o meio ambiente e a saúde pública, de acordo com o Greenpeace. O texto supostamente ignora normas de proteção ambiental e não faz nenhuma menção ao acordo de Paris sobre a redução das emissões globais de gases do efeito estufa.

A última rodada de negociações sobre o TTIP se encerrou na sexta-feira (29), com a perspectiva de que o acordo seja finalizado até o fim do ano. A aceleração das negociações foi apoiada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, e pela chanceler alemã, Angela Merkel, durante a recente visita de Obama à Alemanha.

O TTIP gera críticas severas pela falta de transparência nas negociações, bem como pelos poderes que daria às corporações internacionais sobre a autonomia política dos Estados.

Além disso, o acordo também tem sido acusado de ignorar o âmbito da Organização Mundial do Comércio e de excluir os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

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