De acordo com o Wall Street Journal, o gás americano pode “agitar” seriamente o mercado europeu, onde por algum tempo a Rússia tem dominado.
“É o início da guerra dos preços entre o GNL (gás natural liquefeito) e o gasoduto russo”, frisa o analista da Société Générale Thierry Bros.
Os Estados Unidos começaram a exportar o seu gás quando a companhia Cheniere Energy enviou a primeira remessa ao Brasil. Depois disso, a Cheniere celebrou contratos a longo prazo com vários clientes europeus.
Espera-se que a Europa seja um mercado significativo para o GNL. O gás de xisto mudou completamente o mercado energético dos EUA e, de acordo com as previsões, em 2017 o país se tornará um dos maiores exportadores de gás.Os analistas entrevistados pelo jornal Wall Street Journal sublinham que na Europa o gás americano entrará em concorrência com o combustível da Rússia, que exporta quase a terça parte do gás consumido no continente.
Porém, de acordo com o jornal Vedomosti, os especialistas russos não dramatizam a situação:
“Com os preços atuais ($140-150 por 1.000 metros cúbicos) a exportação de GNL dos Estados Unidos para a Europa não é rentável. No Oriente Médio e na América Latina o GNL pode ter mais demanda por causa da falta de gasodutos”, declarou antes ao jornal Aleksei Grivach, vice-diretor da Fundação Nacional de Segurança Energética.
Segundo Aleksei Grivach, o início das exportações americanas para Portugal não terá influência sobre a Gazprom porque Portugal é um pequeno mercado isolado da Europa com poucas capacidades de distribuição de gás.
Seja de que maneira for, recentemente, Dusan Bajatovic, presidente da empresa estatal sérvia de gás Srbijagas disse, durante uma entrevista à Sputnik: “Quero eu dizer que não há alternativa ao gás russo no que tange à quantidade e à rentabilidade do fornecimento”.
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