Mais austeridade e o dobro de refugiados para Portugal?

© AFP 2023 / PATRICK HERTZOGO presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, é aplaudido pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, antes de se dirigir aos eurodeputados em 13 de abril de 2016
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, é aplaudido pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, antes de se dirigir aos eurodeputados em 13 de abril de 2016 - Sputnik Brasil
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A Comissão Europeia quer mais austeridade de Portugal. A necessidade de respeitar as metas europeias custaria ao governo uns 700 milhões de euros.

A informação foi citada hoje pelo canal de televisão RTP, que se refere ao relatório da terceira avaliação.

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O valor total dos ajustamentos exigidos por Bruxelas equivale a 1.100 milhões de euros (cerca de 4.450 milhões de reais). No entanto, os ajustamentos já previstos pelo orçamento do Estado atingem somente 370 milhões de euros.

A Comissão Europeia é um dos integrantes da assim chamada troika, da qual fazem parte também o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Bruxelas já tinha destacado que o valor do ajustamento previsto no orçamento era inferior ao recomendado.

Já aceitar as recomendações significa manter os cortes nos salários, prestações sociais e outras restrições que os portugueses não gostariam de sofrer.

No entanto, ontem, na segunda-feira, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que o país estava pronto não só para receber os 1.500 refugiados da Síria e da Eritreia previstos pela União Europeia, senão para duplicar este número, "se necessário for".

Desta maneira, o chefe de Estado destaca que "é uma iniciativa exemplar, logo no dia em que assistimos a mais uma tragédia, que são tragédias diárias que ocorrem no Mediterrâneo, e que põem à prova tudo aquilo o que são os valores da Europa", disse Sousa, citado pelo jornal Público.

O presidente, eleito e empossado em janeiro, teve um gesto polêmico ao convidar, há um pouco mais de uma semana, o primeiro estrangeiro na história a participar de uma reunião do Conselho de Estado. Foi Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu. Naquela reunião, Draghi fez uma série de recomendações e críticas ao governo português de hoje, contrastando-o com o anterior, que tinha sido mais amigo da União Europeia.

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