Rússia e EUA acordaram redesenhar mapa do Oriente Médio?

© Sputnik / Sergei Guneev / Acessar o banco de imagensEntrevista coletiva conjunta do secretário de Estado norte-americano John Kerry e o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov, Kremlin, Moscou, Rússia, 25 de março de 2016
Entrevista coletiva conjunta do secretário de Estado norte-americano John Kerry e o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov, Kremlin, Moscou, Rússia, 25 de março de 2016 - Sputnik Brasil
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As informações na mídia sobre um plano de alterar o mapa do Oriente Médio, que teria sido atingido entre o secretário de Estado norte-americano John Kerry e o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov, são falsas, disse o membro do grupo oposicionista sírio Moscou-Cairo na segunda-feira (28).

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Na semana passada, Kerry visitou Moscou onde se encontrou com Lavrov e o presidente russo Vladimir Putin. A mídia ocidental criou paralelos entre os acordos concluídos durante a visita do chefe da diplomacia norte-americana e o acordo atingido pelo Reino Unido, França e Rússia sobre mudanças no mapa do Oriente Médio depois de Primeira Guerra Mundial, conhecido como o acordo Sykes-Picot.

“Os rumores de que Kerry e Lavrov acordaram algo sobre o futuro da Síria e assinaram um acordo parecido com o Sykes-Picot são falsas, nada disso existe. Lavrov representa o país que sempre nos tem apoiado e continua apoiando [a Síria]”, disse aos jornalistas Qadri Jamil, um dos líderes da Frente Popular Síria pela Mudança e Liberação.

As ações da Rússia evitaram a destruição total da Síria como Estado, afirmou Jamil.

Além disso, Jamil disse que os dois chanceleres contribuíam muito para as negociações de paz na Síria em Genebra.

“As declaraçõesde Kerry e Lavrov criaram a base necessária para o progresso nas negociações”, disse, discursando na conferência na sede da agência noticiosa Rossiya Segodnya.

Na sua opinião, as partes das negociações “atingirão o resultado necessário de qualquer modo”.

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A Síria mergulhou na guerra civil em 2011, com as forças do governo leais ao presidente sírio, Bashar Assad, combatendo contra numerosas facções da oposição, incluindo "a oposição moderada", apoiada pelo Ocidente, e grupos extremistas como o Daesh e a Frente al-Nusra.

No dia 22 de fevereiro, Rússia e Estados Unidos chegaram a um acordo para um cessar-fogo na Síria. O acordo entrou em vigor no dia 27 de fevereiro, mas não se aplica ao Daesh nem à Frente Nusra, grupos terroristas em ação no país.

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou, em 14 de março de 2016, a retirada parcial das forças russas da República Árabe da Síria. A presença militar de Moscou começou em 30 de setembro de 2015, quando o parlamento russo aprovou o envio de um grupo da Força Aeroespacial, após um pedido de Bashar Assad. O governo de Damasco pediu a ajuda russa no combate aos grupos terroristas Daesh e Frente al-Nusra.

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