
O resultado da pesquisa reflete um padrão semelhante detectado na Holanda, onde uma pesquisa recente indicou que 53% dos holandeses querem um referendo sobre a adesão à UE semelhante ao que será realizado pelos britânicos no dia 23 de junho. Atualmente, 44% destes votariam pela permanência no bloco e 43% votariam pela saída.
#Brexit: 53% des français souhaitent un référendum sur la sortie de l'UE https://t.co/3vTBOBr0Cx pic.twitter.com/8EZXCReyub
— Fondation Concorde (@FConcorde) 14 de março de 2016
Tweet: "53 por cento dos franceses querem um referendo sobre a saída da UE"
O primeiro-ministro britânico David Cameron foi forçado a prometer um referendo antes da eleição em 2015 devido ao crescente sentimento anti-UE dentro de seu próprio Partido Conservador, bem como ao aumento da popularidade do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), de orientação anti-UE, que recebeu 12,6% dos votos na eleição.
A pesquisa, realizada pela Universidade de Edimburgo, descobriu que, após os franceses, os suecos (49%) são os mais favoráveis à realização de um referendo sobre a adesão ao bloco, seguidos pelos espanhóis (47%) e pelos alemães (45%).De acordo com a London School of Economics, a Grécia é o segundo país mais eurocético na União Europeia: 50% da população do país acredita não ter se beneficiado com a UE.
'Efeitos devastadores'
Ainda de acordo com a pesquisa da Universidade de Edimburgo, 25% dos franceses querem dar fim à livre circulação de pessoas na Europa — um dos princípios centrais da integração europeia. Apesar de a porcentagem não constituir uma maioria, o número é indicativo de um aumento do sentimento anti-imigração na França."O referendo britânico é um laboratório para outros referendos na Europa. Tal trivialidade poderia produzir efeitos devastadores", disse Anand Menon, professor de política europeia no Kings College de Londres, resumindo o cenário em entrevista ao jornal francês Le Monde.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)