Rússia ajuda Japão a lidar com catástrofe nuclear

© AP Photo / Shizuo Kambayashi Central Nuclear de Fukushima
Central Nuclear de Fukushima - Sputnik Brasil
Nos siga no
O terremoto e tsunami que chocaram o mundo há cinco anos não só continuam na memória, mas também nas suas consequências, inclusive nas águas radiativas com as quais o governo japonês não pode lidar por si mesmo.

Os desastres naturais que aconteceram no Japão em março de 2011 danificaram os blocos energéticos da usina nuclear Fukushima 1 e levaram à fusão dos núcleos do reator e à libertação de uma quantidade significativa de partículas radiativas. Para eliminar as consequências, foram rapidamente construídos vários tanques para armazenamento de resíduos radiativos líquidos, trincheiras para águas subterrâneas. Trabalhos de congelamento de solo também começaram para evitar que a água radiativa vazasse para o mar.

Vista de uma instalação da usina de Fukushima em outubro de 2015 - Sputnik Brasil
Alto nível de radiatividade é de novo registrado em Fukushima
Mesmo assim, as tecnologias japonesas provaram insuficientes para lidar com toda a água radiativa.

Por isso, em 2014 o governo do Japão anunciou um concurso internacional, destinando mais de 9,5 milhões de dólares para o projeto mais eficaz de reciclagem de resíduos radiativos.

Das 29 empresas mundias, foram escolhidas a russa RosRAO, a americana Kurion Inc e a americano-japonesa GE Hitachi Nuclear Energy Canada Inc. Espera-se que as empresas apresentem os seus projetos preliminares até finais de março do ano corrente.

Um especialista de RosRAO, o chefe do grupo russo do projeto, Sergei Florya, disse à Sputnik:

“Durante o ano de 2015 nós trabalhamos na criação de uma instalação de demonstração. O objetivo dela é mostrar aos japoneses a eficácia do processo [de purificação da água contaminada por trítio] na escala industrial de que eles precisam, e a qual no futuro ajudará o Japão a resolver o problema durante 5-6 anos”.

Segundo o especialista, o processo é complicado primeiramente por ser em escala grande: Fukushima 1 já tem mais de 700 mil metros cúbicos de restos radiativos com trítio.

A part of the roof of a building covering the Unit 1 reactor, left, is seen removed at the Fukushima Dai-ichi nuclear power plant in Okuma, Fukushima prefecture, northeastern Japan, Wednesday, Nov. 12, 2014 - Sputnik Brasil
Opinião: consequências de Fukushima levarão 100 anos para ser eliminadas
Atualmente, a empresa russa realiza testes do seu equipamento para purificação da água contaminada. Se os testes mostrarem resultados dos quais o Japão precisa, o projeto russo se tornará a base para a instalação industrial grande. Além de desempenhar esta tarefa, é também importante considerar os gastos; e a Rússia oferece a tecnologia que prevê os mais baixos custos operacionais.

A Rússia foi um dos primeiros países a enviar equipes de resgate após a catástrofe.

A usina de Fukushima, situada na beira do Pacífico na província homônima do Japão, sofreu um acidente em 11 de março de 2011, quando um tsunami inundou quatro dos seis reatores da instalação, provocando também a inoperabilidade do sistema de refrigeração da usina e uma ameaça ecológica.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала