Washington nega encontro com líder da revolução

© AFP 2023 / EMMANUEL DUNANDBarack Obama em 2008, sendo senador de Illinois e candidato à presidência, saúda os jogadores e treinadores do Tampa Bay Rays
Barack Obama em 2008, sendo senador de Illinois e candidato à presidência, saúda os jogadores e treinadores do Tampa Bay Rays - Sputnik Brasil
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Na tarde da quarta-feira (9), Washington negou a possibilidade de encontro entre Barack Obama e Fidel Castro durante a visita do mandatário norte-americano à ilha, em 20-22 de março.

Citado pela Reuters, o vice-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Ben Rhodes, disse que o presidente Obama irá ter um encontro com o presidente de Cuba, Raúl Castro. Mas o ex-presidente e líder da revolução cubana (e também irmão do presidente), Fidel Castro, ficará fora da agenda norte-americana.

Além disso, Rhodes frisou que Obama não irá cumprir as exigência de Havana e fechar a Rádio e TV Martí, órgãos de mídia criados pela agência Broadcasting Board of Governors (BBG) para transmitir propaganda anticomunista aos habitantes da ilha.

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Troca midiática

O site da própria Martí confirma esta informação destacando que o anúncio da Casa Branca foi feito um dia depois da detenção, na capital cubana, de vários líderes oposicionistas — e da publicação de um editorial importante pelo Granma, jornal oficial do Partido Comunista de Cuba.

O editorial, que antecipa a visita do presidente Barack Obama, destaca que "será a segunda ocasião que um mandatário norte-americano chega ao nosso arquipélago". Com efeito, a última visita de tal envergadura foi realizada no longínquo ano de 1928, pelo então presidente Calvin Colidge, com motivo da VI Conferência Panamericana.

No ano passado, quando Havana voltou a ter, pela primeira vez em 54 anos, uma embaixada dos EUA — e Washington, uma embaixada de Cuba, foi o secretário de Estado, John Kerry, quem visitou a Ilha da Liberdade.

O editorial do Granma reitera também a exigência de "abandonar a pretensão de fabricar uma oposição política interna, sufragada com o dinheiro dos contribuintes norte-americanos" e de "pôr um fim às agressões radiais e televisivas contra Cuba em franca violação do Direito internacional".

Miami

Antes da visita a Cuba, Ben Rhodes irá a Miami, em 11 de março, onde irá se encontrar com os representantes da comunidade cubana. Em seu Twitter, ele disse que vai "viajar a Miami para encontrar-se com os cubano-americanos que acompanham com ansiedade a nossa política cubana".

​Miami, metrópole dos EUA que fica mais perto da ilha caribenha, é também a capital informal dos dissidentes cubanos. Barack Obama irá assistir a um jogo de beisebol entre o time nacional cubano e o time americano Tampa Bay Rays.

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