Primeiro - paga: FMI apresenta condições de financiamento da Ucrânia

© AFP 2023 / MANDEL NGANEmblema do Fundo Monetário Internacional na sede da organização em Washington, 30 de novembro de 2015
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FMI deixará Kiev sem dinheiro por razão da dívida à Rússia.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou as suas condições para o próximo pacote da ajuda financeira à Ucrânia. Kiev deverá negociar e pagar à Rússia a dívida de 3 bilhões de dólares que contraiu em 2013. 

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Esta exigência não é primeira feita pelo FMI, que apela a resolver a questão da dívida, mas desta vez a entidade financeira internacional parece falar sério.

A questão da ajuda financeira é muito importante para a Ucrânia, porque o sistema de financeiro do país, sem o apoio do FMI, não poderá existir por muito tempo, estando à beira do default.

Por enquanto, no que diz respeito ao pagamento da dívida à Rússia, não há avanços.

Em meados de fevereiro, Moscou após esperar durante um mês, apresentou queixa contra Kiev ao Supremo Tribunal de Reino Unido em Londres. A Ucrânia respondeu declarando que pretende se defender em tribunal. 

Durante este mês, segundo dados da mídia, foram realizadas negociações nos corredores entre Moscou e Kiev. Segundo declarações de altos funcionários, existiu mesmo uma proposta da Ucrânia para resolver a situação. Mas as condições desta eram piores das que haviam sido acordadas antes disso com os credores privados que ainda no passado outono concordaram em reestruturar a dívida ucraniana, cancelar 20% da dívida (15 milhões de dólares) e adiar prazos de pagamento até 2019.

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Algo parecido com esta proposta foi também apresentado pelo presidente russo Vladimir Putin em novembro de 2015. Ele falou do pagamento em prestações durante três anos (até 2018) com o pagamento de um bilhão por ano, sem juros.

Enquanto isso, a anulação de uma parte da dívida não estava na agenda. Entre os possíveis fiadores foram sugeridos a União Europeia, os EUA e o FMI – mas todos negaram a proposta de garantir o futuro financeiro da Ucrânia.

A própria Ucrânia não aceitou nenhuma das propostas e os seus credores e parceiros estrangeiros começaram a se indignar com a política de Kiev.

© Stephen Jaffe/ IMFCristine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI)
Cristine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) - Sputnik Brasil
Cristine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI)
O FMI está claramente falando a sério desta vez – em 10 de fevereiro a diretora-gerente do FMI, Cristine Lagarde, declarou que o programa de ajuda financeira à Ucrânia pode ser totalmente fechado.

Além disso, a agência Bloomberg chamou recentemente a Ucrânia de uma das mais fracas cinco economias do mundo. A índice é definido nomeadamente com base nos indicadores de inflação e desemprego que na Ucrânia, tendo este último sido de 26,3 %. O país está, nesta avaliação, ao nível da Venezuela, Argentina, África do Sul e Grécia.

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