Curdos sírios reconquistam ao Daesh cidade estratégica em província petroleira

© AFP 2023 / Delil Souleiman Fighters from the Syrian Democratic Forces (SDF) are transported to the front line of the town of Chaddade in the northeastern Syrian province of Hasaka, on February 19, 2016
Fighters from the Syrian Democratic Forces (SDF) are transported to the front line of the town of Chaddade in the northeastern Syrian province of Hasaka, on February 19, 2016 - Sputnik Brasil
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Na sequência de uma operação militar que durou três dias, as Forças Democráticas Sírias, com apoio aéreo dos aviões da coalizão antiterrorista, conseguiram tomar o controle da cidade estratégica de al-Shaddad, na província petroleira de Hasakah, perto da fronteira com o Iraque.

Segundo a informação obtida pela Sputnik de Tackir Kobani, um dos representantes das Forças Democráticas da Síria, que também incluem as Unidades de Proteção Popular (YPG), neste momento na cidade estão em curso os trabalhos de reconstrução e está sendo efetuada a busca de terroristas que possam se esconder na área rural perto da cidade. Ele também informou que, no quadro da operação, as tropas curdas capturaram 17 militantes do Daesh.

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Entretanto, de acordo com a informação obtida pela Sputnik de fontes confiáveis na região, a Turquia está fazendo chegar ativamente militantes dos grupos Frente al-Nusra e Ahrar al-Sham à área de Azaz, no norte da província de Aleppo, para impedir que Azaz seja tomada pelas tropas curdas. Informa-se que o deslocamento de jihadistas é efetuado com a mediação da Organização Nacional de Inteligência da Turquia (MIT, na sigla em turco).

Uma vez que a rodovia entre Azaz e Idlib, centro das atividades dos grupos jihadistas na Síria, é controlada pelo Exército sírio, os militantes saem de Idlib em direção ao território da Turquia e, de lá, em transportes especiais, sob controlo da inteligência turca, através do posto fronteiriço de Oncupinar, em Kilis, são levados para Azaz. Os jihadistas e as armas são transportados em vans fechadas, geralmente usadas para a entrega de ajuda humanitária. Relata-se que, desta forma, na última semana, 1.200 militantes e cerca de 30 toneladas de munições foram enviados de Idlib para Azaz.

O representante do comando das forças curdas YPG no cantão de Afrin, Firat Xelil, confirmou à Sputnik as informações sobre o apoio, em homens e armas, que a Turquia presta aos grupos jihadistas. 

"Ontem, por volta das 15 horas, a partir da Turquia foram enviadas quatro vans, através do posto fronteiriço de Oncupinar, com armas e 300 combatentes, que haviam sido treinados na Turquia" — disse Xelil.

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O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecida como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista da tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.

Não há uma frente unida de combate contra o Daesh: contra o grupo lutam as forças governamentais da Síria (com apoio da aviação russa) e do Iraque, a coalizão internacional liderada pelos EUA (limitando-se a ataques aéreos), assim como milícias xiitas libanesas e iraquianas. Uma das forças mais eficazes que combatem o Daesh são as milícias curdas, tanto no Curdistão iraquiano, como no Curdistão sírio.

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