Inteligência Artificial: estamos prontos para uma revolução virtual?

© REUTERS / Kacper PempelUm homem digita em um teclado de computador
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Um dos principais pesquisadores e cientistas da Facebook conversou com a agência Sputnik sobre os benefícios, ameaças e o futuro da inteligência artificial.

A humanidade tem visto um desenvolvimento significativo na inteligência artificial, com corporações internacionais que trabalham com carros auto-dirigíveis dispositivos móveis que parecem entender a fala e sites que estão sempre prontos para propor exatamente o que pensa que o usuário gostaria.

O cientista e pesquisador do Facebook Al Research, Tom Mikolov, lançou uma luz sobre a inteligência artificial e o seu futuro.

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"Existe essa impressão de que de repente haverá alguma inteligência artificial super-inteligente com poderes semelhantes a Deus e transforme o mundo inteiro em clipes de papel ou qualquer outra coisa, eu não acho que este é o caso, não faz muito sentido para mim”, disse Mikolov à Sputnik.

"É como dizer que sempre que se quando nos tornaríamos capazes de voar ao espaço, em dois anos seriamos capazes de voar para as estrelas – isso não aconteceu e que não era muito provável que acontecesse também", acrescentou. 

“Há um progresso contínuo que leva um tempo, e antes de conseguirmos que o computador torne o mundo em clipes de papel, haverá um computador que será capaz de fazer bem menos do que isso, e antes disso um ainda mais simples e todo o progresso talvez leve décadas”. 

No entanto, o especialista observou que algo pode acontecer no que diz respeito ao desenvolvimento da inteligência artificial.

"É muito difícil fazer previsões sobre a inteligência, porque não entendem o conceito tão bem, e não está claro o quão longe está a inteligência dos seres humanos da inteligência ideal. Somos limitados em muitos aspectos, mas até os computadores chegarem à nossa velocidade, vai demorar muito tempo, porque agora não temos algoritmos que sejam capazes de representar a inteligência, nós nem sequer temos os conceitos básicos que serão necessários”, afirmou o cientista. 

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Mikolov sugeriu que tais temores podem estar mais relacionados à cultura pop, que cria a imagem de uma inteligência artificial como uma máquina de matar sem compaixão.

A ameaça de uma total aniquilação pode parecer menos real, mas muitos estão preocupados com possíveis ameaças muito mais realistas: a aplicação de sistemas inteligentes e o uso da internet tornam a privacidade cada vez mais importante. 

Ele observou, no entanto, que esta questão é mais provável que seja uma dor de cabeça para as próximas gerações: "Sim, no futuro distante, eu acho que haverá muitos grandes problemas que teremos de resolver e encarar, mas por ora, as tecnologias são muito subdesenvolvidas, as habilidades dos sistemas são tão baixos que eu realmente não estou preocupado com isso para os próximos anos".

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