Suprema Corte da Índia decide rever lei que pune com 10 anos de prisão o sexo gay

© AP Photo / Ajit SolankiManifestantes em parada gay realizada em Ahmadabad, Índia, em dezembro de 2013
Manifestantes em parada gay realizada em Ahmadabad, Índia, em dezembro de 2013 - Sputnik Brasil
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O Supremo Tribunal da Índia anunciou nesta terça-feira (2) que irá rever uma decisão de 2013 sobre a manutenção de uma lei da era colonial que criminaliza o sexo gay, segundo informou a Reuters.

De acordo com Anand Grover, advogado conhecido pela defesa dos direitos LGBT, a corte pediu a uma banca de cinco juízes para examinar se é constitucional a lei datada de 1860 que impõe uma sentença de 10 anos de prisão para quem praticar relações sexuais homossexuais.

"É definitivamente um passo à frente", disse Grover, citado pela Reuters. 

​O recurso ao Supremo Tribunal indiano é a última via legal para os ativistas que procuram usar a Justiça para derrubar a lei. Caso contrário, todas as decisões futuras sobre a questão serão decididas pelos políticos do país, que são, em sua maioria, bastante conservadores e avessos a mudanças.

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Em 2013, o Supremo Tribunal decidiu restabelecer a proibição do sexo homossexual na Índia, pondo fim a um período de quatro anos de descriminalização muito comemorados pelos ativistas dos direitos gays.

Pesquisas realizadas no país, entretanto, indicam que cerca de três quartos dos indianos desaprovam a homossexualidade e continuam sendo profundamente tradicionais a respeito de outros temas envolvendo a sexualidade, como, por exemplo, o sexo fora do casamento.

Os ativistas afirmam que, embora seja rara uma aplicação efetiva da lei contra a homossexualidade na Índia, ela ainda é usada para intimidar, assediar, chantagear e extorquir dinheiro de pessoas.

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