Os países que têm problemas internos com a segurança energética são os que têm receio do projeto, notou um especialista da Forbes.
O gasoduto impedirá a continuação da política de sanções da UE contra a Rússia, pois minará os esforços já feitos pela chanceler alemã Angela Merkel [que durante a crise na Ucrânia iniciou a tomada das medidas econômicas contra a Rússia enquanto atualmente não se opõe ao projeto de gasoduto] destacou a Forbes, citando pesquisas da redatora-chefe do projeto Strategic Europe do Fundo Carnegie-Europa, Judy Dempsey.O observador da revista de negócios e economia americana Kenneth Raposa também fez lembrar que as grandes empresas energéticas [por exemplo,a Shell] já assinaram acordos com a gigante russa Gazprom para fornecimento de gás russo à Alemanha através do gasoduto submarino, que atravessa o mar Báltico.
Mesmo assim, Raposa nota:
"Continua sendo um mistério como foi permitido o acordo com o governo russo durante o regime das sanções por parte da União Europeia".
O projeto de gasoduto conjunto da Rússia e de várias empresas europeias deve levar o gás russo através do território alemão a outros países da Europa de Leste. O gigante energético Gazprom prevê que o projeto seja realizado até finais de 2019.
Mas nem todos os países aprovam o novo gasoduto russo. O presidente polaco Andrzej Duda declarou que o projeto ameaça a segurança energética da Europa e visa minar o trânsito tradicional de gás pelo território da Ucrânia.Ainda continua desconhecido o montante que a Polônia perderá se o Corrente do Norte 2 for realizado, mas a Ucrânia perderá pelo menos dois bilhões de dólares.
Além disso, Itália, Lituânia, República Tcheca, Hungria, Romênia, Estônia, Letônia, Eslováquia e Grécia se mostram contra o projeto.
Mas o especialista da Forbes nota que a culpa é da União Europeia por o seu sistema da segurança energética não funcionar como deve.
“Pode ser que a ampliação de tubulação não traga vantagens a certos países, mas o projeto é útil para a Europa em geral”, escreveu.
Kenneth Raposa frisou que o Corrente do Norte 2 pode ser uma ideia boa para a UE, se este última continuar as tentativas de futura integração dos mercados energéticos.
“E o fato de eles ainda não terem feito isso é culpa deles mesmos, não é o resultado de uma interferência da Rússia”, sublinhou, citando o observador do Instituto Brookings, Tim Boersma.
Segundo este último, para garantir a segurança energética, a Europa deve seguir as normas gerais da legislação, combater a corrupção e aumentar a concorrência no mercado interno.
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