Assédio de cidades sírias pode ser classificado como crime contra a humanidade

© AP Photo / ICRCThis picture provided by The International Committee of the Red Cross (ICRC), working alongside the Syrian Arab Red Crescent (SARC) and the United Nations (UN), shows a convoy containing food, medical items, blankets and other materials being delivered to the town of Madaya in Syria, Monday, Jan. 11, 2016
This picture provided by The International Committee of the Red Cross (ICRC), working alongside the Syrian Arab Red Crescent (SARC) and the United Nations (UN), shows a convoy containing food, medical items, blankets and other materials being delivered to the town of Madaya in Syria, Monday, Jan. 11, 2016 - Sputnik Brasil
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O assédio de cidades sírias, inclusive Madaya, onde as pessoas estão morrendo de fome, pode ser classificado como crimes de guerra e crimes contra a humanidade, manifestou durante um briefing em Genebra o alto comissário da ONU sobre os direitos humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein.

“É claro que quando olhamos para os casos recentes de fome forçado em Madaya, assim como a existência de 15 cidades cercadas, tudo isto não são simplesmente crimes de guerra, são crimes contra a humanidade, se for provado, E são questões muitos sérios”, disse.

“No caso da Sìria devemos fazer lembrar todos que onde os suspeitos ultrapassam o limite e tornam-se crimes e crimes contra a humanidade, a anistia é inadmissível”, acrescentou o alto comissário.

Manifestantes pedem o fim ao cerco de Madaya, em frente ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Beirute, Líbano, em 8 de janeiro de 2016 - Sputnik Brasil
Síria: Ajuda humanitária chega às cidades sitiadas de Foah, Kafraya e Madaya
A organização internacional Médicos sem Fronteiras anteriormente informou que apesar de fornecimento de ajuda humanitária para uma das cidades cercadas na Síria, Madaya, pessoas continuam morrendo de fome. Assim, desde o início deste ano 16 pessoas faleceram de inanição em Madaya. A situação nesta pequena cidade de 20 mil habitantes é extremamente grave porque nela quase não há médicos. O transporte com remédios e produtos alimentícios é frequentemente detido nos postos de controle e como resultado a carga não chega até os habitantes. As ambulâncias também não conseguem passar.

Segundo os dados da organização, até 2 milhões de pessoas permanecem em territórios cercados tanto pelas forças leais ao presidente Bashar Assad, como pelas forças de grupos oposicionistas.

A Síria está em estado de guerra civil desde 2011. O governo do país luta contra um número de facções de oposição e contra grupos islamistas radicais como o Daesh (também conhecido como “Estado Islâmico”) e a Frente al-Nusra.

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