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Eleições no Haiti: Instabilidade gera risco de intervenção estrangeira?

© Marcello Casal Jr/ABr/Fotos PúblicasMilitares brasileiros na missão da ONU para o Haiti (Minustah)
Militares brasileiros na missão da ONU para o Haiti (Minustah) - Sputnik Brasil
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O ministro da Informação do Haiti, Mario Dupuy, advertiu nesta nesta terça-feira (27) que a soberania do país corre o risco de ser violada se a violência interna continuar.

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Segundo relata a TeleSur, citando o ministro, o Haiti corre o risco de sofrer uma intervenção militar estrangeira se a oposição continuar a empregar ações violentas em seus protestos e se os atores políticos do país não conseguirem chegar a um acordo para escolher o próximo chefe de Estado.

Segundo Dupuy, a soberania nacional está em jogo e poderia ser perdida se persistirem a violência na nação e as discrepâncias políticas para a realização do segundo turno das eleições presidenciais. 

​O mandato do atual presidente, Michel Martelly, termina no próximo dia 7 de fevereiro, mas, devido a denúncias de fraude eleitoral no primeiro turno das eleições que definiriam o próximo mandatário, a oposição convocou protestos e atos violentos que resultaram no adiamento do segundo turno – primeiro para o final de dezembro, depois para o último domingo (24), quando o pleito foi novamente adiado, desta vez sem previsão para uma nova data. 

"Se continuarmos enviando sinais de que não podemos administrar o nosso país, vão fazer isso por nós (…). Podemos nos tornar um risco para nossos vizinhos do hemisfério", alertou Dupuy.

​Ele enfatizou a necessidade de manter a calma nas cidades, bem como a importância da estabilidade política para avançar no progresso econômico do Haiti. A este respeito, ele exortou os políticos a priorizar os interesses nacionais sobre as reivindicações pessoais e a facilitar a convocação das eleições.

Segundo os opositores, as irregularidades observadas no primeiro turno favorecem o candidato de Martelly, Jovenel Moise. Diante das denúncias, o candidato da oposição, Jude Celestin, resolveu boicotar a disputa, acirrando a crise no país caribenho.

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Na segunda-feira (25), o Itamaraty emitiu um comunicado dizendo que “o Governo brasileiro acompanha com atenção a evolução da situação política” no Haiti, condenando “os recentes episódios de violência observados no país” e convocando “o amigo povo haitiano a expressar pacificamente suas opiniões”. 

Desde 2004, o Brasil lidera a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). Na época, o país do Caribe vivia um momento de extrema violência e instabilidade devido à renúncia de Jean-Bertrand Aristide, que teve sua vitória eleitoral de 2001 contestada pela oposição.

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