ONU critica captura israelense de terras enquanto Israel destrói prédios humanitários

© AFP 2023 / Hazem BaderPalestinian women watch on as an Israeli army bulldozer with a demolition permit pulls down the house of the Palestinian Raba'ai family which Israeli authorities said was build without a permit, in Al-Dirat south of Yatta village near the West Bank town of Hebron on January 20, 2015.
Palestinian women watch on as an Israeli army bulldozer with a demolition permit pulls down the house of the Palestinian Raba'ai family which Israeli authorities said was build without a permit, in Al-Dirat south of Yatta village near the West Bank town of Hebron on January 20, 2015. - Sputnik Brasil
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Frente ao crescimento das tensões entre Israel e os seus aliados ocidentais, Jerusalém confirmou nesta quinta-feira (21) a maior anexação de território no norte da Cisjordânia ocupada: 154 hectares.

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Esta ação israelense já provocou críticas duras por parte das autoridades palestinas e ocidentais. O lado palestino anunciou que irá insistir em uma resolução da ONU que condene a política de assentamentos judaicos.

“As atividades de assentamentos são uma violação da lei internacional e contradizem os pronunciamentos públicos do governo de Israel em apoio da solução do conflito, que prevê a existência de dois Estados”, disse em um comunicado o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. 

O comunicado surgiu após confrontos diplomáticos entre Washington e Jerusalém quando o embaixador estadunidense em Israel, Dan Shapiro, disse que Washington estava "preocupado e perplexo" com a estratégia de Israel de construir assentamentos na Cisjordânia. 

“Nós acreditamos que [os assentamentos] são fundamentalmente incompatíveis com a solução do conflito que prevê os dois Estados e põem em causa, francamente, o apego do governo à solução de dois Estados”, disse vice-porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner na quarta-feira (20).

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Entretanto, as forças israelenses destruíram seis edifícios na Cisjordânia que faziam parte de um projeto fundado por uma instituição humanitária da UE. Os edifícios foram construídos para os beduínos que vivem na área entre Jerusalém e o Mar Morto, conhecida localmente como E1. A ocupação israelense da área irá dividir a Cisjordânia, afastando muitos palestinos de Jerusalém oriental, cidade que eles aspiram a fazer sua capital. 

Os responsáveis israelenses não responderam à condenação global pela anexação das terras palestinas, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sugeriu na semana passada que a construção, tanto humanitária quanto outra, da União Europeia naquela área é ilegal.

“Constroem sem autorização, contrariando as regras aceites e há uma clara tentativa de criar realidades políticas”, disse à mídia. 

Para justificar a captura de terras, Israel tem usado a lei otomana de 1858, de acordo com o qual a terra não cultivada por algum tempo pode ser revertida para propriedade estatal.

Estes 154 hectares fazem parte da terra que os palestinos reclamam para o reconhecimento do seu Estado independente na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, áreas ocupadas por Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967.

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