China explica para o mundo a sua política no Oriente Médio

© AP Photo / Vincent ThianPequim.
Pequim. - Sputnik Brasil
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O governo chinês publicou o seu primeiro documento sobre a política árabe, que apela a uma maior cooperação política, econômica e de segurança com a região que é o principal fornecedor de petróleo e o sétimo maior parceiro comercial de Pequim.

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O documento, divulgado na véspera da primeira visita do presidente chinês, Xi Jinping, para o Egito, descreve a cooperação em palavras gerais: nem lança as iniciativas políticas detalhadas, nem nomeia os países árabes específicos.

As relações com o mundo árabe, de acordo com Pequim, devem ser baseadas na iniciativa da Rota da Seda chinesa, em que se usa a fórmula "1 + 2 + 3". A estratégia de desenvolvimento de $ 40 bilhões, iniciada em 2013, destina-se a promover a integração econômica, particularmente na Eurásia, e consiste de dois componentes principais – a Rota da Seda terrestre e a Rota da Seda marítima.

Na fórmula "1 + 2 + 3" a energia é considerada como o elemento central da cooperação bilateral. O desenvolvimento das infraestruturas, bem como promoção do comércio e dos investimentos, são vistos como as "duas asas" de cooperação, enquanto "3" refere-se às áreas inovadoras, incluindo a energia renovável e nuclear, bem como o espaço.

Quando às relações energéticas entre a China e o mundo árabe, "a plena verdade é ainda mais impressionante," segundo a revista The Diplomat. A Arábia Saudita é o maior fornecedor de petróleo da China, e o mundo árabe em geral responde por mais de 40 por cento do total das importações de petróleo da China.

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O documento também pede uma cooperação maior de segurança entre a China e o mundo árabe – uma área que tem sido praticamente inexistente nas relações bilaterais. Em particular, Pequim manifestou a sua vontade de participar em operações de contraterrorismo na região.

"A China está pronta para fortalecer o intercâmbio de combate ao terrorismo e cooperação com os países árabes para estabelecer um mecanismo de cooperação para a segurança a longo prazo, reforçar o diálogo político e o intercâmbio de informações de inteligência, e realizar a cooperação técnica e treinamento de pessoal para abordar conjuntamente a ameaça do terrorismo internacional e regional", segundo o documento chinês.

Por sua vez, The Diplomat afirma que a contribuição da China para os esforços do contraterrorismo no Oriente Médio será de vários rumos. É provável que se concentrem principalmente na prestação de assistência financeira e "apoio às capacidades" para as forças armadas locais que participam diretamente das campanhas militares para combater o terrorismo na região.

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