Segundo a ONG de direitos humanos, 16 testemunhas dos assassinatos e outras cinco pessoas, incluindo autoridades, contaram que os soldados nigerianos dispararam contra membros do grupo xiita. O Exército se defendeu dizendo que os jovens muçulmanos montaram barricadas perto de uma mesquita e que eles tentaram matar o chefe da força oficial, General Tukur Burutai, quando este passava em comboio.
“É quase impossível ver como um obstáculo de jovens revoltados poderia justificar os assassinatos de centenas de pessoas. Na melhor das hipóteses, foi uma reação exagerada e brutal e, na pior, um ataque planejado sobre o grupo da minoria xiita”, argumentou o diretor da HRW para a África, Daniel Bekele.
Ela destacou que há relatos de que 1.000 pessoas foram executadas no massacre e que viu fotos de mortos sendo colocados em valas comuns e de outros sendo queimados por representantes do Exército da Nigéria.
O secretário-geral do Hezbollah libanês, Seyyed Hassan Nasrallah, criticou o silêncio dos organismos internacionais e conclamou os líderes religiosos e autoridades nigerianas a tomarem medidas para levarem os autores do massacre à Justiça e para libertarem o líder do movimento.O governador do estado de Kaduma, onde fica Zaira, instalou uma Comissão de Inquérito Judicial para apurar os fatos. Um porta-voz presidencial nigeriano afirmou que o caso era um “assunto militar”.
O Movimento Islâmico da Nigéria foi fundado em 1980 e conta com três milhões de integrantes. Segundo a HRW, o grupo não tem qualquer ligação com a facção terrorista Boko Haram, que opera na mesma região, mas que inclusive ataca xiitas.
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