Tolerância à sueca obriga a chamar terroristas de ‘aqueles que querem salvar sua vida’

© flickr.com / Mariano MantelUma família muçulmana na Suécia
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A emissora sueca SVT elaborou novas regras linguísticas para que os seus jornalistas expressem de modo politicamente mais correto.

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Por exemplo, migrantes que receberam passaportes suecos devem ser chamados de “suecos”. Os que chamam-nos de maneira diferente, sendo acusados de racismo, não têm o direito de expressar o seu protesto, informa o jornal sueco Fria Tider.

A instrução para os jornalistas diz: “Se alguém afirma que está discriminado isso significa que é a sua sensação pessoal e temos de tomar isso em consideração”.

O que é mais interessante é que as declarações de migrantes que os suecos são racistas não devem gerar dúvidas. E o acusado não tem o direito de se defender.

O documento também afirma que não convém generalizar pessoas com a base da sua origem, terra natal ou religião porque a palavra “migrante” é muito imprecisa e errada. Ao invés de “migrante”, aconselha usar “pessoa nascida no estrangeiro” tendo em conta que mesmo um sueco pode nascer no estrangeiro.

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A palavra “refugiado” pode ser usada mas a instrução recomenda substituí-la com a expressão “pessoa que quer salvar a sua vida”.

Quando se trata de terroristas, os autores do documento acham que é melhor falar em “suecos que tiveram laços com islamistas armados”. Além disso, é proibido dizer “pessoas de pele escura” ou “negro”, enquanto “pessoas de pele clara” ou “branco” não parece aos diretores desta grande emissora sueca como ofensiva.

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