Mídia alemã: Rússia tem um projeto para reconstruir a Síria

© Sputnik / Mikhail Voskresensky / Acessar o banco de imagensUm edifício residencial destruido na cidade síria de Aleppo
Um edifício residencial destruido na cidade síria de Aleppo - Sputnik Brasil
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A imprensa alemã publicou que a Rússia não planeja somente destruir o Estado Islâmico na Síria, mas promover a reconstrução do país árabe devastado pela guerra civil que se arrasta desde 2011. O governo russo ajudará Damasco com um roteiro para uma solução política e projetos de investimento.

O Deutsche Nachrichten Wirtschafts (DWN) relatou no sábado (21) que a Rússia tem um plano de longo prazo para reconstruir a Síria depois que os terroristas forem derrotados, o que requer o envolvimento de outras potências regionais para garantir que a ameaça do extremismo seja extinto.

“O presidente russo, Vladimir Putin, está seguindo uma estratégia de longo prazo no Oriente Médio, segundo a qual os aliados tradicionais da Síria desempenham um papel importante. Com novas alianças com o Iraque e o Irã, a Rússia quer quebrar o domínio da Arábia Saudita, que através da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o wahhabismo desempenham um papel destrutivo tanto econômica quanto socialmente, na opinião da Rússia”, escreveu o DWN.

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O jornal se refere a uma entrevista do vice-primeiro-ministro russo, Dmitry Rogozin, para o canal Rossiya 24, em que ele afirma que a reconstrução da economia da Síria começará assim que o exército sírio, com o apoio da força aérea russa, libertar as grandes extensões de terra dos terroristas.

Rogozin explicou que a Rússia está usando armamento de precisão transportado por aviões de ataque Su-24, Su-25, e Su-34, a fim de derrotar os terroristas do Estado Islâmico, ao invés de civis. “Não somos, como os EUA na Iugoslávia, em 1999, usando munição velha. Eles limparam seu arsenal bombardeando apenas edifícios civis. Nós não podemos nos permitir fazer algo assim.”

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DWN também detalhou alguns dos fortes laços econômicos da Rússia com a Síria nas áreas de produção de petróleo e gás, citando o diretor-executivo da União das Indústrias de Gás e Petróleo da Rússia, Gissa Guchetl, que disse à RIA Novosti em julho que as empresas do país pretendem fazer reviver os contratos existentes com a Síria no valor US$ 1,6 bilhão quando a situação no país se tornar estável.

Além disso, a Rússia é o único parceiro a ter apresentado um roteiro abrangente para a reforma síria após o fim da guerra, informou DWN. O plano, que foi apresentado em Viena no início deste mês, prevê um período de 18 meses, englobando reformas constitucionais e eleições presidenciais, na qual o presidente Bashar Assad pode participar.

“No entanto, a Rússia recusa-se a apoiar a derrubada externa de Assad, que a aliança liderada pelos EUA ainda define como um objetivo”, relatou o jornal a partir de Viena, onde mundo e as potências regionais com interesse em regular a crise síria iniciaram conversações em 30 de outubro para encontrar uma solução para o conflito.

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