Rússia: ataques franceses contra infraestrutura da Síria não se justificam por autodefesa

© REUTERS / Jean-Paul PelissierFlight deck crew work around a Rafale (L) and a Super Etendard fighter jets as a French flag flies aboard the French nuclear-powered aircraft carrier Charles de Gaulle before its departure from the naval base of Toulon, France, November 18, 2015
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A Federação da Rússia não apoia golpes da França contra infraestrutura petrolífera da Síria usada por terroristas do Estado Islâmico porque são efetuados sem aprovação do governo da Síria, disse o chefe do departamento das questões de novos desafios e ameaças do Ministério das Relações Exteriores, Ilya Rogachev.

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“Após o início da operação das nossas Forças Aeroespaciais e ações bem sucedidas do exército sírio no terreno os franceses decidiram efetuar golpes contra alvos no território da Síria motivando isto pelo direito de autodefesa em conformidade com o artigo 51 do Estatuto da ONU. Não podemos apoiar tais ações em primeiro lugar porque são feitas sem aprovação do governo sírio”, disse Rogachev numa entrevista ao jornal Kommersant. 

“Se os primeiros golpes fossem efetuados contra campos de treinamento de terroristas na Síria e na sequência supostamente morressem cidadãos franceses que tinham sido treinados como ‘terroristas’, esta situação podia ser levada à ideia de autodefesa. Sim, se após treinamento eles voltassem, podiam representar uma ameaça à segurança <…> Mas bombardeios contra infraestrutura petrolífera são condicionados, pressupõe-se, por outras razões e não se justificam do ponto de vista da autodefesa”, disse. 

“Suspeito que os parceiros franceses partem do sucesso inevitável do exército sírio e volta em breve de áreas petrolíferas e potências de extração de petróleo sob controle do governo sírio. Desde que Bashar Assad e o Estado Islâmico são adversários igualmente prioritários para eles, com estes golpes eles prejudicam ambos simultaneamente. Reparem que os franceses não bombardeiam alvos analógicos no território do Iraque”, acrescentou Rogachev.

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Segundo ele, os especialistas ocidentais também prestaram atenção à ambiguidade desta situação.

“Será que, reagindo aos comentários dos seus próprios observadores políticos, os americanos ‘acordaram-se’ e finalmente exerceram um ataque contra instalações petrolíferas no território do Iraque. Mas é impossível não notar que até esta atividade da coalizão internacional foi provocada pelas ações efetivas e resolutas das Forças Aeroespaciais russas. No contexto delas surgia involuntariamente uma pergunta: será que a coalizão chegou a se colocar mesmo a tarefa de derrotar militarmente o Estado Islâmico?”, concluiu o diplomata.

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