Especialista: sem financiamento, Estado Islâmico perderá força em breve

© AP Photo / Raqqa Media Center of the Islamic State groupSoldados do Estado Islâmico em parada na cidade de Raqqa, Syria
Soldados do Estado Islâmico em parada na cidade de Raqqa, Syria - Sputnik Brasil
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Em entrevista à Sputnik, o especialista turco Ali Ediboglu, ex-deputado do Partido Republicano do Povo (CHP na sigla em turco) da província de Hatai Mehmet partilhou a sua opinião sobre o financiamento do Estado Islâmico.

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Segundo o especialista turco, o principal meio de financiamento do Estado Islâmico é a venda de petróleo. As principais jazidas de petróleo sírias localizam-se na região da cidade de Raqqa. Estas são atualmente controladas pelo grupo terrorista Estado Islâmico e, segundo o entrevistado, está sendo realizada uma investigação pelo Conselho de Segurança da ONU sobre a venda do petróleo explorado no local. 

Mas ele próprio também estudou o caso. Segundo disse, cerca de 30 empresários turcos e iraquianos participam diretamente do negócio.

“No relatório que elaborei no ano passado, há dados segundo os quais o lucro da venda do petróleo era inicialmente de 800 milhões de dólares e mais tarde aumentou até 1-2 bilhões de dólares. […] Da Turquia, o petróleo chega ao mar Mediterrâneo e dali parte para outros lugares do mundo,” disse.

O ex-deputado opina que, logo que a região de jazidas perto de Raqqa seja libertada dos terroristas, o EI perderá a força e em breve será vencido.

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Falando sobre a situação em geral, além do financiamento, o especialista sublinhou a ineficácia dos ataques aéreos realizados pela coalizão internacional liderada pelos EUA, enquanto especificou que a Força Aérea da Rússia fez incomparavelmente mais na luta contra o Estado Islâmico. 

Segundo Hatai Mehmet Ali Ediboglu, a razão da ineficácia dos esforços internacionais é que os terroristas “tinham antecipadamente a informação sobre os próximos ataques da coalizão”.

“Com o início desta [operação russa] os militantes do Estado Islâmico começaram sofrer perdas significativas. Acho que nos próximos meses o governo da Síria poderá controlar a maior parte do país.”

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