A reunião, que contou com a presença de representantes das melhores universidades de todos os países-membros do BRICS, foi organizada num dos edifícios do teatro Bolshoi, o mais famoso teatro de balé e ópera da Rússia. O evento foi inaugurado com discursos do reitor do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO), Anatoly Torkunov, e do ministro-adjunto da Educação, Veniamin Kaganov, que juntos apresentaram um relatório dedicado à Rede de Universidades, preparado por especialistas russos.
Kaganov frisou que as relações dos países do grupo se desenvolvem intensamente. Ele lembrou que a proposta de criação da Rede de Universidades foi apresentada dois anos atrás pela Rússia, durante um encontro dos ministros da Educação, e que, passado um ano, foi aprovada pelo líderes dos cinco países. A ideia, é que a rede universitária se transforme numa base de preparação de especialistas para os BRICS.O relatório apresentado, elaborado pelos especialistas russos Victória Panova – professora da MGIMO – e Maksim Khomyakov – vice-reitor da Universidade Federal dos Urais –, serviu como introdução para os debates que tiveram lugar durante o encontro.
Os autores destacaram mais uma vez que os BRICS são uma evidência da transformação da ordem mundial, sendo um bom exemplo de cooperação entre civilizações e culturas distintas. Lançado como um diálogo econômico, hoje em dia o BRICS é um grupo de vários formatos, sendo a cooperação na ciência e educação uma de suas diretrizes.Maksim Khomyakov disse que a cooperação na educação e na ciência deve existir para o alcance de metas comuns, como o combate à pobreza e à desigualdade. Segundo ele, as universidades devem ter uma função social e o desenvolvimento sustentável precisa da ciência e, consequentemente, da educação, para acontecer.
Na etapa atual, o projeto da Rede de Universidades é concebido como um programa educativo de mestrado e pós-graduação.
"A previsão é que na primeira etapa o projeto conte com a participação de cerca de 10 universidades de cada país. Estas universidades deverão ser ativas em, pelo menos, uma das seguintes áreas: economia, energia, tecnologias informáticas e segurança de informação, pesquisas dos BRICS, ecologia e mudanças do clima, recursos aquáticos e purificação de contaminações" – diz o relatório.O documento cita ainda planos para programas de graduação dupla, e destaca que, no futuro, cursos de verão, festivais e olimpíadas poderão complementar o programa.
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