Putin critica EUA por falta de agenda no combate ao terrorismo

© Sputnik / ALEKSEI NIKOLSKY / Acessar o banco de imagensPresidente russo Vladimir Putin durante a sua visita ao Cazaquistão, 15 de outubro de 2015
Presidente russo Vladimir Putin durante a sua visita ao Cazaquistão, 15 de outubro de 2015 - Sputnik Brasil
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Na quinta-feira (15), o presidente russo Vladimir Putin disse que a posição dos EUA sobre a operação militar russa na Síria não é construtiva no contexto de luta contra o terrorismo.

Na quarta-feira (14), Washington se recusou a aceitar a delegação militar russa para discutir esforços coordenados no combate ao terrorismo na Síria, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores. 

“É difícil para mim perceber como os nossos parceiros norte-americanos podem criticar as ações russas na Síria na luta contra o terrorismo tendo em conta que se recusam a manter um diálogo direto sobre um assunto tão importante como regularização política”, disse Putin no capital do Cazaquistão, Astana.

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Putin também criticou os EUA pela falta de algum tipo de agenda no combate ao terrorismo.

“Considero esta posição como não construtiva; e o fundamento desta posição fraca norte-americana, neste caso, pelo visto, é a falta de qualquer agenda sobre este assunto. Se calhar, [eles] não têm nada o que falar”, disse Putin.

Por seu turno, a Rússia ainda tem esperança que a cooperação no assunto sírio seja possível.

“Todavia, ao mesmo tempo, deixamos portas abertas e esperamos muito que negociações sejam realizadas entre todos os participantes deste processo complicado, inclusive os nossos parceiros norte-americanos”, disse o líder russo.

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Desde 30 de setembro último, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria, usando aviões Su-25, bombardeiros Su-24M, Su-34, protegidos por caças Su-30SM. Segundo os dados mais recentes, as Forças Aeroespaciais russas realizaram, desde o início da operação, cerca de 450 ataques contra as posições dos terroristas, eliminando cerca de 300 militantes, assim como postos de comando, campos de treinamento e arsenais.

Além disso, os navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas. A precisão de ataque é de cerca de 5 metros. Os alvos dos ataques são estabelecidos com base nos dados de reconhecimento russo, sírio, iraquiano e iraniano.

O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que as missões aéreas são realizadas contra organizações terroristas armadas, e não contra grupos da oposição política ou civis. 

Segundo os dados do Estado-Maior russo, os militantes do EI sofrem danos significativos e mudam de tática espalhando as suas tropas e escondendo-se em povoações. Na linha de contato com as forças governamentais sírias, eles perderam a maior parte das munições e material bélico e uma série de grupos que fazem parte do Estado Islâmico já são prontos a deixar a zona de hostilidades. 

O presidente russo Vladimir Putin anteriormente confirmou que os prazos da operação aérea russa na Síria são limitados pela operação ofensiva dos militares sírios e excluiu a possibilidade de uso das Forças Armadas russas em hostilidades terrestres.

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