Embaixador russo: ações russas na Síria protegem direito internacional

© Sputnik / Dmitriy Vinogradov / Acessar o banco de imagensCaça russo Su-24 decola da base aérea de Latakia, na Síria
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Em entrevista à RIA Novosti, o embaixador russo na Síria Aleksandr Kinschak falou sobre os objetivos da Rússia na Síria e a necessidade de lutar contra todos os terroristas no Oriente Médio.

O embaixador russo na Síria Aleksandr Kinschak disse que as ações da Rússia na Síria são um combate pelo respeito do direito internacional de acordo com a Carta da ONU.

“Na Síria lutamos a favor do respeito do direito internacional e agimos de acordo com a Carta da ONU. Atendemos ao pedido do governo legítimo da Síria sobre a ajuda na luta contra o terrorismo”, disse.

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Kinschak frisou que a derrubada de Bashar Assad por meio de interferência militar seria uma violação clamorosa do direito internacional.

“Hoje a Rússia, com efeito, está impedindo mais uma tentativa de derrubar o regime por meio da tomada armada do poder a partir do exterior, o que seria uma violação gritante das normas do direito internacional. E isso, tendo em conta a reação nervosa em relação à nossa operação, aflige os países que têm tais planos”, declarou o embaixador russo. 

Kinschak afirmou que a falta de muitos grupos terroristas na lista do Conselho de Segurança da ONU permite a algumas forças fazer tentativas de apresentar certos terroristas como sendo “oposição síria moderada e armada”.

“Está tudo claro que o Estado Islâmico ou a Frente al-Nusra são organizações reconhecias como terroristas e incluídas na lista correspondente do Conselho de Segurança da ONU…A falta dos outros grupos terroristas nesta lista é aproveitada por algumas forças para especular, mentir e fazer tentativas de apresentar estes grupos criminosos como rebeldes, representantes da ala armada da oposição síria moderada ”, disse.

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O embaixador acrescentou que a designação de quaisquer grupos armados como terroristas deve ser determinado de acordo com os mesmos critérios que foram aplicados ao Estado Islâmico e à Frente al-Nusra. Primeiramente, devem ser reconhecidos como terroristas os que executam prisioneiros, fuzilam civis porque são familiares dos militares ou funcionários públicos bem como os que aplicam medidas discriminatórias em relação aos representantes de outras confissões, disparam morteiros contra zonas povoadas de cidades, etc. 

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Aleksandr Kinschak também destacou que Moscou tentou contatar com os países que apoiam a oposição síria moderada para atingir acordos sobre a cooperação na luta contra o terrorismo. 

“Em relação a isso, pedimos ajuda aos países que mantêm laços estreitos com a ala armada da oposição síria moderada. Ainda não recebemos nenhuma informação concreta e não estou seguro que receberemos no futuro mais próximo”, disse o embaixador russo.

O chefe da missão diplomática russa na Síria expressou dúvidas sobre a hipótese de encontrar qualquer força armada no meio da oposição síria moderada que concorde em cooperar na luta contra o terrorismo.

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