“Depois de algumas conversas telefónicas com o premiê albanês Edi Rama, decidi não ir. Quero que os principais heróis deste evento sejam os esportistas”, diz-se na declaração escrita do primeiro-ministro sérvio, publicada no jornal Blic.
Pelos vistos, desta vez não será possível uma diplomacia semelhante à de Serj Sargsyan e Abdullah Gul 2009. Nesse ano, os presidentes da Armênia e da Turquia assistiram ao encontro de apuramento para o Campeonato do Mundo, que foi chamado de “jogo de reconciliação”.
Na declaração de Vucic se diz que, depois de décadas de silêncio e “hostilidade congelada”, a Sérvia e a Albânia trabalham já por alguns anos para estabelecer o entendimento mútuo e contatos permanentes, realizam negociações sobre grandes projetos de transporte.
Na quinta-feira (8), o próprio primeiro-ministro albanês Edi Rama apresentou desculpas.
Em termos puramente esportivos, o jogo de hoje não tem muita importância para os sérvios, que deixaram escapar todas os chances de chegar à final do Campeonato Europeu de Futebol de 2016. Mas tem importância política porque é considerado como uma possível “resposta sérvia”.
No outono do ano passado, durante o jogo entre as seleções dos dois países, “o jogador mais valioso” foi um drone transportando uma bandeira com uma imagem da Grande Albânia, um projeto mítico de união dos territórios albaneses incluindo a Sérvia, Macedônia, Montenegro e Grécia. O jogo foi suspenso devido aos confrontos e, depois de uma investigação ambos os times foram multados, mas foram retirados pontos somente à Sérvia.