Em junho a Gazprom anunciou a construção de dois troços adicionais do gasoduto Nord Stream da Rússia para a Alemanha, um projeto conjunto com várias empresas europeias avaliado em cerca de 10 bilhões de euro (mais de US$ 11 bilhões). Na semana passada (7) a empresa energética russa assinou o acordo de acionistas sobre a extensão do gasoduto com as empresas BASF, E.ON (Alemanha), Engie (França), OMV (Áustria) e Shell (Holanda).
O projeto de gasoduto Nord Stream-2 prevê a utilização do gasoduto original Nord Stream para transportar 86 por cento de gás antes de se ramificar, podendo garantir o fornecimento anual de 55 bilhões metros cúbicos de gás russo passando pelo mar Báltico até à Alemanha.
A revista norte-americana Foreign Policy escreveu que, após vários anos de declarações sobre a necessidade de baixar a dependência do gás russo, a Europa parece fazer o contrário e aumentá-la. Enquanto isso, muitos políticos ocidentais não aprovam a decisão.Nomeadamente o presidente da Polônia, Andrzej Duda, declarou que o projeto Nord Stream-2 afeta a unidade europeia. O premiê eslovaco, Robert Fico, declarou que os líderes e empresas do leste europeu traem os seus vizinhos.
Os norte-americanos também mostraram descontentamento: Amos Hochstein, um dos mais conhecidos políticos em questões da energia, declarou que o acordo de Nord Stream-2 permitirá à Rússia cortar o fornecimento de gás à Ucrânia e minar a segurança energética da Europa. O acordo prévio sobre a construção do novo gasoduto foi assinado no âmbito do XIX Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF 2015) e é visto por muitos especialistas como um projeto que poderá resolver a crise energética europeia.
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