Premiê ucraniano não respeita Acordos de Minsk

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Premiê ucraniano Arseni Yatsenyuk disse estar cético quanto aos Acordos de Minsk

“Temos duas variantes quanto aos Acordos de Minsk – a boa e a má. A primeira é não assinar nenhum acordo, a segunda é assinar. Quero diz honestamente, encaro ceticamente os Acordos de Minsk mas entendo que é o único acordo que temos agora”, disse o primeiro-ministro ucraniano no decorrer do fórum Estratégia Europeia de Yalta, que se realiza em Kiev.

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A fim de buscar uma solução para o conflito, em 12 de fevereiro de 2015 representantes da Alemanha, Rússia, França e Ucrânia se reuniram na capital da Bielorrússia e determinaram a retirada de tropas, um cessar-fogo completo em Donbass e uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave, através da assinatura dos chamados Acordos de Minsk.

Arseni Yatsenyuk adicionou que Kiev cumpre os compromissos assumidos no âmbito do processo de Minsk e está disposto a realizar eleições em Donbass, mas, segundo ele, agora não há condições para tal:

«Estamos dispostos a realizar as eleições honestas e livres em Donetsk e Lugansk somente se estas corresponderem aos critérios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Não consigo imaginar como vai a OSCE confirmar que somos capazes de realizar eleições livres sob a mira de uma arma Kalashnikov em cada assembleia de voto ", — acrescentou ele.

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Yatsenyuk culpou mais uma vez a Rússia por ela alegadamente não cumprir os compromissos assumidos. O premiê apelou à comunidade internacional a não levantar as sanções impostas à Rússia enquanto os Acordos de Minsk não forem cumpridos. 

“Queria dizer aos meus colegas ocidentais que, se os senhores tiverem várias mensagens para [o presidente russo Vladimir] Putin, por exemplo, se disserem que levantarão as sanções, se houver passos pequenos, é uma fraqueza… As sanções podem ser levantadas em um único caso – depois da realização completa dos Acordos de Minsk, quando Lugansk, Donetsk e Crimeia voltarem à Ucrânia”, afirmou o premiê.

A península da Criméia se separou da Ucrânia para se juntar a Rússia em março de 2014 após um referendo em que mais de 96% da população votaram a favor da secessão. O governo central ucraniano e seus aliados ocidentais chamaram a votação uma “anexação”, enquanto a Rússia assinalou que as ações da população local estavam dentro do quadro do direito internacional.

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