O chefe da maior empresa energética russa, Rosneft, Igor Sechin, afirmou que o Irã, Rússia e Venezuela têm o maior potencial para aumentar a exploração do petróleo por possuírem novas jazidas. Mas, pela mesma razão, a competitividade será muito alta.
O chefe da empresa privada russa Lukoil, Vagit Alekperov, é de opinião que a sua empresa tem preferências face aos possíveis concorrentes.
O cientista político, professor e especialista em assuntos do Irã, Vladimir Sazhin, comentou à Sputnik:
“Segundo os dados da mídia que cita diplomatas ocidentais, as sanções financeiras e petrolíferas em relação ao Irã serão levantadas nos primeiros três meses de 2016. De acordo com as previsões, o mercado petrolífero iraniano poderá suspirar de alívio quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acabar com o monitoramento das estruturas nucleares do Irã.”
No entanto, delegações da Alemanha, França, Itália, Japão, Índia, Espanha e República Tcheca estão sendo muito ativas no Irã. O ministro do Petróleo iraniano, Namdar Zangeneh, declarou:
“Empresas iranianas e alemãs podem começar as negociações antes do levantamento das sanções para que possam assinar contratos de investimentos logo após o levantamento.”
Segundo o especialista russo em mercados petrolíferos Mikhail Krutikhin, as empresas russas têm boas chances de trabalhar no Irã, especialmente a Lukoil. O presidente da empresa admite o mesmo, destacando o mercado iraniano como uma das prioridades de Lukoil. Já estão decorrendo conversas com o lado iraniano. No entanto a Lukoil já tem o acordo sobre a exploração na plataforma do golfo Pérsico e em uma série de províncias iranianas.
Alekperov sublinhou que a Lukoil tem vantagens face aos concorrentes, por exemplo, a jazida de Anaran, que foi descoberta pela empresa. A jazida já começou a ser explorada e todos os materiais geológicos estão prontos para o trabalho, já existem dados sobre a geografia e a logística.
Enquanto isso, várias especialistas destacam que o sucesso do trabalho de empresas estrangeiras no Irã dependerá em muito da legislação que regulará a exploração de hidrocarbonetos no país.
O país nunca teve acordos sobre a divisão da produção, todos os negócios eram realizados por via de contratos de prestação de serviços.Nina Mamedova, especialista em assuntos do Irã e economista, comentou à Sputnik:
“É verdade que a legislação atual iraniana não favorece o trabalho de empresas estrangeiras no setor energético. Mas agora já por vários meses no país está sendo elaborado um projeto de lei sobre a divisão da produção. O projeto pode ser aprovado em breve.”
O chefe de Lukoil também disse que planeja visitar o Irã em setembro para realizar negociações com o ministro do Petróleo iraniano e os chefes da empresa petrolífera nacional do Irã.
Tudo isso inspira esperança, de acordo com Sazhin, nas perspectivas de uma cooperação que satisfaça os interesses da Rússia e do Irã.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)