General afegão pede armas à Rússia para combater Estado Islâmico

© AP Photo / Allauddin KhanExército afegão patrulha Cabul, foto de arquivo
Exército afegão patrulha Cabul, foto de arquivo - Sputnik Brasil
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O primeiro vice-presidente do Afeganistão, general Abdul Rashid Dostum, pediu assistência militar à Rússia no quadro da luta contra o grupo terrorista Estado islâmico, proibido no território russo, diz a agência afegã Pajhwok.

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O Estado Islâmico pretende realizar atos terroristas no território do Afeganistão, Ásia Central e Rússia e, devido a esse fato, Moscou não pode deixar sem atenção a ameaça por parte dos terroristas, disse Dostum no início desta semana. Ele apelou aos países da região para elaborarem um plano de resistência aos terroristas e pediu que a Rússia providencie armas, aviões e helicópteros de combate ao Afeganistão. 

Um observador político de Cabul, Abdoul Ghadir Mosbah, disse à Sputnik que “o general Dostum compreendeu que a assinatura de acordos militares com os países ocidentais não traz resultados e, por isso, ele é obrigado a pedir ajuda à Rússia”.

Segundo ele, a situação no que toca à segurança está cada vez pior:

“Os terroristas entenderam que a assinatura de acordos militares com os países ocidentais não irá ajudar o Afeganistão de maneira nenhuma porque a execução destes acordos levará muito tempo. Por isso os militantes conquistam cada vez mais territórios no país e se sentem bastante à vontade”. 

Ele também explicou por que razão o Afeganistão precisa de armas russas em primeiro lugar:

“Os armamentos usados por militares afegãos hoje são em geral da produção russa. Por isso é lógico que o general Dostum queira equipar completamente o exército afegão com armas russas. Isto será muito mais eficaz de que esperar por fornecimentos de armas do Ocidente”.

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Bashir Ahmad Ta-Einj, deputado do parlamento afegão da província de Faryab no norte do país, onde neste momento ocorrem confrontos com os militantes do Estado Islâmico, comentou a situação para a Sputnik:

“O Afeganistão precisa de armas ligeiras e pesadas, assim como helicópteros militares. Quando dois meses atrás a guerra ainda estava pegando fogo nas províncias do norte, Cabul não tinha sequer um par de helicópteros aptos para combater e fornecer as provisões necessárias para os nossos militares. Em resultado disso, várias províncias foram capturadas pelos militantes. O controle da maioria do território não foi retomado até o momento”.

O político também sublimou o caráter global da guerra que está acontecendo:

“A guerra que ocorre no Afeganistão não é uma guerra civil, mas sim uma guerra internacional, com grandes países por detrás dela. É uma guerra que pode se espalhar para fora do nosso país. Hoje o Afeganistão precisa agudamente de assistência militar não só para manter as sua soberania, mas também no interesses dos países vizinhos da região da Ásia Central, que correm o risco de sofrer ataques por parte dos terroristas [do Estado Islâmico]”.

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