EI recruta migrantes na Itália preparando 'Califado Cappuccino'

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Propaganda jihadista na esperança de "atrair talentos" têm surgido na Itália. "Um clima mediterrâneo digno de um resort de cinco estrelas. Não, não é o Caribe, é o Califado".

No início deste ano, um guia em inglês intitulado "Um Breve Guia para o Estado Islâmico (2015)" começou circulando online alvejando os círculos jihadistas britânicos. Mas agora parece que a organização extremista tem seus olhos na Itália.

De acordo com o Corriere della Sera, o novo guia está aparecendo entre os círculos jihadistas na Itália, na esperança de que o Estado islâmico vai atrair nas suas fileiras a próxima geração de engenheiros, médicos e analistas.

O folheto de propaganda inicial foi escrito por um jihadista britânico que escreveu o guia de viagem "uma narrativa alternativa para a vida sob o Califado".

O livro, escrito em inglês, explicou como alcançar aqueles que já estão vivendo no Califado e o que comer e beber, uma vez que eles estavam lá.

O autor Abu Rumaysah al-Britani escreveu sobre os "suculentos e deliciosos" kebabs e "saborosos coquetéis de frutas" e como o califado acomoda os amantes do café  servindo "os melhores lattes e cappuccinos ao redor".

Sem mencionar a repressão, o estupro e a escravização de mulheres, o guia atualizado é, segundo o Corriere della Sera, "um novo esforço perturbante de propaganda".

Al Baghdadi (líder do Estado Islâmico) não quer atrair apenas lutadores:

"O país [isto é, o Estado Islâmico] é um imã para o talento, uma sociedade cosmopolita, com acadêmicos".

"Os juízes, pregadores, soldados, médicos, analistas, especialistas em telecomunicações, economistas, mecânicos, cozinheiros, professores e engenheiros civis", escreve o autor.

Enquanto isso, um novo relatório da Frontex (oficialmente chamada Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia, um organismo da União Europeia que visa prestar assistência aos países da UE na correta aplicação das normas comunitárias em matéria de controle nas fronteiras externas e de reenvio de imigrantes ilegais para os seus países de origem) revelou a escala da crise de refugiados sem precedentes.

Mais de 100.000 pessoas fugiram para a Europa no mês de julho. A maioria deles provinham da Síria e do Afeganistão. Só na Itália, o número de imigrantes passou de 50.000. Muitos foram forçados a deixar por trás seus empregos profissionais em busca de uma nova vida em outro lugar. 

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Mas a ligação entre a crise migratória no Mediterrâneo e a infiltração potencial por Estado Islâmico não pode ser ignorado. Lord Marlesford, da Câmara dos Lordes em Londres, comentou:

"É difícil de acreditar que os islamistas e jihadistas não estivessem entrando na Europa através do Mediterrâneo".

Os líderes da UE já entendem o risco dos potenciais terroristas chegando nos barcos de contrabandistas ao litoral europeu.

Centenas de milhares de migrantes ainda estão esperando para chegar aos países com o clima mediterrâneo colocando o seu destino nas mãos de traficantes de pessoas e sua esperança num barco de madeira.

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