Acordos de Minsk ainda podem ser cumpridos apesar da escalada em Donbass

© REUTERS / Gleb GaranichOSCE controla o movimento do material blindado ucraniano em Donbass
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A escalada do conflito em Donbass entre forças governamentais da Ucrânia e independentistas não significa a falha total dos Acordos de Minsk, opinou o chefe-adjunto da missão de observadores da OSCE esta quarta-feira.

Segundo Aleksander Hug disse ao periódico alemão Welt, todos os pontos dos acordos de paz alcançados ainda podem ser cumpridos:

"O acordo em si não fracassou. Mas o fato de ambas as artes não respeitarem os acordos alcançados é real. É demasiado cedo para declarar que o acordo está 'morto.' As medidas indicadas nos acordos continuam em vigor em menor escala."

A Ucrânia realiza desde meados de abril de 2013 uma operação militar contra as forças independentistas no leste do país que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas que chegaram ao poder após um golpe de Estado em Kiev. 

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Não obstante os Acordos de Minsk terem sido alcançados e assinados ainda em fevereiro deste ano pelo “quarteto da Normandia” (Alemanha, Rússia, França e Ucrânia), os combates no leste da Ucrânia continuam e recentemente mesmo parecem intensificar-se. 

Segundo os Acordos, as partes em conflito acordaram em retirar todos os armamentos pesados para distâncias iguais, com o objetivo de criar uma zona de segurança de distância mínima de 50 km entre as partes, para sistemas de artilharia de calibre 100 mm e superiores; de uma zona de segurança de distância mínima de 70 km entre as partes para sistemas de lançamento múltiplo de foguetes e de distância mínima de 140 km para sistemas de lançamento múltiplo de foguetes Tornado-S, Uragan, Smerch e para sistemas táticos de foguetes Tochka (Tochka-U). 

Nos fins do julho, as milícias da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) terminaram o processo de retirada de armamentos da linha de separação de forças em Donbass. O representante da RPD, Eduard Basurin, esclareceu que as armas dos territórios problemáticos serão retiradas só após Kiev dar passos reais para a desmilitarização destas zonas.

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Enquanto isso, os militares ucranianos vão manter sua presença na zona desmilitarizada de Donbass, segundo declarou o representante oficial do Estado-Maior das operações especiais do Exército, Dmitri Gutsulyak.

Apesar de Acordos de Minsk, ambos os lados do conflito relatam constantes violações da trégua.

O conflito armado no leste da Ucrânia já levou vidas de mais de 6.800 pessoas desde abril de 2014, segundo estimativas da ONU.

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