Sobre a Grécia, cujo ministro das Finanças, Euclid Tsakalotos, anunciou na terça-feira, 11, um novo acordo com os credores, Otaviano Canuto observou:
“A conclusão a que nós diretores do Board do Fundo Monetário Internacional chegamos nestes últimos dias de reunião sobre a Grécia é de que em breve terá de ser dado um sinal positivo no sentido de se aliviar o peso da dívida do país. Os estudos que fizemos em relação à possibilidade de recuperação da economia grega e da sua capacidade de honrar pagamentos exigem de nós que a Grécia receba este sinal de alívio num futuro próximo.”
Sobre o Banco dos BRICS, Otaviano Canuto demonstrou grande entusiasmo:
“Eu considero uma excelente notícia a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, a instituição financeira comum a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em poucas palavras, devo citar um relatório recentemente produzido pelo Banco Mundial, constatando que, para atender às necessidades de urbanização, adaptação às mudanças climáticas e de necessidade de integração à economia global, e assim por diante, os países em desenvolvimento precisam gastar, cada um, algo em torno de um trilhão de dólares a mais por ano do que gastam hoje em infraestrutura. Então, por um lado há esta necessidade monstruosa de recursos. Por outro lado, há um descompasso enorme entre a necessidade e a oferta destes recursos. Há uma carência enorme para obtenção destes recursos. Depois da crise de 2008, da repercussão em 2009 e do início da recuperação em 2010, estes recursos sumiram. Ora, diante destes fatos, a notícia da criação de uma instituição como o Novo Banco de Desenvolvimento e também do Banco de Investimento e Infraestrutura da Ásia (AIIB, na sigla em inglês) representa um grande alento para o atendimento desta necessidade. Pode ser apenas uma gota d’água, mas, sem qualquer dúvida, é um grande passo para o desenvolvimento de uma parcela considerável da humanidade.”
Ele tem ainda intensa atividade acadêmica como professor das Faculdades de Economia de duas das maiores instituições de ensino superior no Brasil: a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Campinas (Unicamp).
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